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Borboleta perfeitamente preservada encontrada (acidentalmente) num livro sobre insetos com 390 anos

Um espécime de borboleta perfeitamente preservado foi descoberto no meio das páginas de um livro de 390 anos, encontrado nas infinitas prateleiras da Biblioteca da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

A borboleta (Small Tortoiseshell) foi encontrada perfeitamente preservada no meio das páginas da conhecida obra de Thomas Moffet (ou Muffet), The Theatre of Insects, publicada postumamente em 1634. Trata-se, segundo o Ancient Origins, da obra mais antiga registada sobre insetos na Inglaterra.

Foi Jenni Lecky-Thompson, uma bibliotecária universitária, que encontrou a borboleta, enquanto folheava livros que acumulavam pó na biblioteca. Ao folhear este livro específico, descobriu acidentalmente o espécime perfeitamente preservado ao lado da imagem do século XVII da mesma espécie.

“Existe uma semelhança impressionante entre a gravura e a borboleta”, contou, citada pelo site do Trinity Hall.

A descoberta foi totalmente inesperada. “É relativamente comum encontrar espécimes botânicos dentro de livros antigos, mas é muito incomum encontrar um espécime de inseto. Poderia ter sido colocado no livro pelo primeiro proprietário, no século XVII. Se assim for, é incrível que tenha permanecido durante tanto tempo intacto”, acrescentou.

Antes de ter sido adquirido pela Universidade de Cambridge, o livro The Theatre of Insects pertencia a um ex-aluno chamado Lawrence Strangman, que faleceu em 1980. A sua família doou a obra à universidade britânica 16 anos depois.

Os especialistas do Trinity Hall afirmam que a borboleta pode ter a mesma idade que o próprio livro. O inseto permaneceu colorido e extremamente conservado e o facto de ter sido colocado ao lado da ilustração da espécie corrobora a ideia de que a preservação pode não ter sido acidental.

No entanto, nenhuma datação comprovou a idade da borboleta. Aliás, os colecionadores de livros tendem a preservar as páginas, retirando qualquer material que possa danificá-las, como matéria orgânica.

Strangman pode não ter visto o inseto morto no meio das páginas. Como os livros antigos precisam de ficar em ambientes muito controlados para evitar a degradação das páginas, isso pode também ter facilitado a conservação da borboleta.

Liliana Malainho, ZAP //

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