Incrível. A Espanha, uma das favoritas à vitória final, está fora do Mundial de 2022.
Ante uma surpreendente selecção de Marrocos, a “la roja” quase jogou sozinha, tendo em conta a quantidade de passes, a posse de bola e as acções, mas esbarrou numa formação do norte de África que esteve perfeita a defender, muito perigosa nos contra-ataques e que surpreendeu tudo e todos ao vencer no desempate por grandes penalidades, por categóricos 3-0. O guardião Bono foi herói de uma equipa que irá agora defrontar Portugal ou Suíça nos quartos-de-final.
Marrocos está nos quartos! 🇲🇦⁰
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— SPORT TV (@SPORTTVPortugal) December 6, 2022
Quando ter a bola não vale de nada
Jogo muito animado e, quem esperava um massacre espanhol, enganou-se redondamente. A “la roja” teve sempre mais bola, muito mais, mas as transições marroquinas foram sempre perigosas e objectivas, com combinações que colocavam a bola na frente em poucos passes. Assim, os magrebinos terminaram a primeira parte com mais remates que Espanha (3-1) e com o único enquadrado, e uma desvantagem de somente duas acções com bola na área contrária.
O melhor no primeiro tempo era o médio-esquerdo marroquino Sofiane Boufal, com um GoalPoint Rating de 6.0. O jogador do Angers registava dois cruzamentos de bola corrida eficazes em três, mais três desarmes e excelentes cinco dribles completos em seis.
No segundo tempo a Espanha corrigiu posicionamentos, ampliou sobremaneira o seu domínio territorial e limitou bastante as saídas marroquinas em contra-ataque, contudo, a turma do norte de África também se soube adaptar e fechou-se bem. Resultado: uma segunda parte com ainda menos ocasiões de golo, com muitos passes de uma formação espanhola muito subida, mas sem intensidade e rasgo, pelo que o jogo encaminhou-se, naturalmente, para o prolongamento.
Nesta fase o encontro abriu um pouco e Marrocos poderia ter marcado numa grande ocasião de Walid Cheddira, aos 104 minutos, que Unai Simón travou com uma grande defesa. De repente deixava de haver favoritos e tudo podia acontecer. E quase aconteceu no último lance do prolongamento, com o recém-entrado Pablo Sarabia, de ângulo apertado, a rematar, com a bola a raspar ainda no porte.
Tudo para penáltis… e aqui Sarabia acertou mais uma vez no poste, Soler permitiu a defesa de Bono, Unai Simón travou o de Benoun e Bono voltou a brilhar ao negar o pontapé de Busquets.
MVP GoalPoint: Rodri Hernández
Muita posse, acções, passes, competência, mas acabou tudo por ser em vão para Espanha. E para Rodri, uma vez que este cenário aplica-se também ao central. O jogador do City foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.0, e os recordes foram imensos: 205 passes certos em 221 (95%), dez longos certos em 16, seis variações de flanco, 234 acções com bola, 11 recuperações de posse, oito duelos aéreos ganhos em nove. Uff.
Outros Ratings
Marrocos
Azzedine Ounahi 6.2
Azzedine ajudou a azedar a noite espanhola. O médio foi o melhor dos marroquinos, com uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura, nove recuperações de posse e quatro desarmes (um dos máximos).
Romain Saïss 6.2
O central esteve sólido ante a “la roja”, tendo acumulado dez recuperações de posse e 11 alívios, máximo da partida.
Espanha
Unai Simón 6.2
Espanha pode ter tido o jogo todo do seu lado, a bola e tudo o mais, menos no perigo criado. Marrocos enquadrou dois dos seus seis remates e Simón teve de brilhar, evitando 0,8 golos (defesas – xSaves).
Pedri 6.1
Mais um caso de muita posse em vão. Pedri acertou 131 de 145 passes (90%), 12 de 13 longos, acumulou 168 acções com bola, nove recuperações de posse, quatro bloqueios de passe e três acções defensivas no meio-campo contrário. De nada valeu.
// GoalPoint
Podemos vencer esta equipa de Marrocos se jogarmos como ontem, atenção que esta equipa marroquina dá muitas patadas , uma equipa ultra agressiva, vamos vencer se jogarmos como ontem!