Bola inteligente que muda de forma reduz a ansiedade em 75%

Universidade de Bath

A bola serve como uma manifestação física da respiração, o que ajuda na regulação emocional e no controlo da ansiedade.

Um estudo inovador conduzido pela Universidade de Bath que ainda não foi revisto por pares sugere que uma bola inteligente de relaxamento, denominada Artefacto Físico para Apoio ao Bem-estar (PAWS, na sigla em inglês), consegue aliviar significativamente os sintomas de ansiedade.

Criada pelo cientista da computação Alexz Farrall, a bola imita o padrão de respiração do utilizador, expandindo e contraindo para oferecer uma manifestação física da respiração, ajudando assim na regulação emocional.

Embora os exercícios de respiração façam parte há muito tempo de intervenções terapêuticas como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia comportamental dialética (TCD), a falta de uma representação tangível muitas vezes dificulta a manutenção do foco dos utilizadores.

“Ao dar forma física à respiração, a bola melhora a autoconsciência e o envolvimento, fomentando resultados positivos para a saúde mental”, explica Farrall.

O estudo envolveu 58 voluntários que testaram a bola em conjunto com uma faixa de áudio de uma aplicação de meditação. Surpreendentemente, os resultados mostraram uma redução média de 75% nos níveis de ansiedade em todo o grupo de teste.

Em contraste, os indivíduos que utilizaram apenas o áudio tiveram uma mera redução de 31% na ansiedade. Além disso, os utilizadores da PAWS exibiram um aumento de 56% na resiliência contra pensamentos indutores de stress, explica o Science Alert.

Adicionalmente, os participantes que utilizaram tanto a bola como a faixa de áudio exibiram uma variabilidade significativamente maior da frequência cardíaca — um indicador conhecido para melhor resiliência ao stress e regulação emocional.

“O sistema PAWS poderá em breve tornar-se outra ferramenta no arsenal para combater os crescentes níveis de ansiedade, que afetam 3 a 4 em cada 10 pessoas”, observa a equipa de investigação.

Atualmente, o dispositivo precisa de ser ligado a uma correia torácica para monitorizar as respirações, tornando a configuração relativamente complexa. No entanto, a simplificação desta poderia tornar o dispositivo facilmente acessível para uso doméstico.

Farrall espera que o dispositivo se torne “um verdadeiro catalisador para a melhoria da saúde mental, não apenas em contextos clínicos, mas também para utilizadores domésticos.”

ZAP //

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