A Boeing quer construir o próximo avião no metaverso

A Boeing vai apostar fortemente no digital, por acreditar que é possível atingir uma melhor qualidade e menos problemas de fabricação no metaverso.

De que forma o metaverso – um espaço digital partilhado utilizando a realidade virtual ou a realidade aumentada através da Internet – funcionaria na aviação?

Segundo a Reuters, o objetivo da Boeing é construir os próximos aviões com recurso ao metaverso, numa aposta em projetos de engenharia 3D imersivos, combinados com robôs que falam entre si, enquanto engenheiros e mecânicos estão interligados por HoloLens da Microsoft.

As operações de design, produção e serviços serão agregadas a um único ecossistema digital em apenas dois anos.

O engenheiro-chefe da Boeing, Greg Hyslop, disse que 70% dos problemas de qualidade se devem a problemas de design. É por isso que a aposta em ferramentas digitais será muito importante para trazer uma aeronave original ao mercado dentro de quatro ou cinco anos.

Desta forma, serão asseguradas “velocidade, qualidade aprimorada, melhor comunicação e melhor capacidade de resposta quando ocorrerem problemas”.

Este tipo de ferramentas digitais já foram usadas no desenvolvimento do mini-jumbo 777X e do jato de treino militar T-7A Red Hawk, mas os problemas técnicos persistiram.

Os mais céticos apoiam-se nestes exemplos para criticar a aposta da Boeing.

Empenhada em provar que a tecnologia vai funcionar, a Boeing contratou a engenheira Linda Hapgood para supervisionar a nova tentativa de transformação digital que já deus os primeiros passos.

A veterana transformou desenhos, em papel, do tanque do 767 em imagens 3D e distribuiu tablets e headsets de realidade mista HoloLens aos trabalhadores. De acordo com a Reuters, contratou engenheiros conhecidos por trabalharem com o avião de porte médio NMA e já conseguiu melhorar em 90% a qualidade da Boeing.

A empresa “construiu” os primeiros jatos T-7A em simulação, seguindo um desenho baseado em modelos, lançados no mercado em 36 meses

Mesmo assim, o programa está a lutar contra a escassez de peças, atrasos no projeto e requisitos de testes adicionais.

ZAP //

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