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Bocejar é um dos maiores mistérios do corpo humano

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Não é uma característica dependente da idade, do género ou do estrato social. Toda a gente boceja, mas ninguém sabe porquê. Ainda assim, há algumas hipóteses em cima da mesa.

Há teorias com mais peso do que outras, mas nenhuma que angarie consenso geral. Bocejar é uma atividade omnipresente em seres humanos (assim como noutras espécies) e um dos maiores mistérios de sempre.

Segundo a Discover Magazine, uma das teorias mais antigas sobre o bocejo remonta à época de Hipócrates e defende que este comportamento aumenta a circulação sanguínea no cérebro. No entanto, nas últimas décadas, muitas pesquisas mostraram que não há evidências suficientes que apoiem esta ideia.

O bocejo pode ter um benefício diferente para o cérebro. Alguns estudos mostraram que pode ajudar a regular a temperatura do nosso órgão mais vital.

Em 2014, por exemplo, uma equipa de cientistas entrevistou 120 participantes sobre a frequência com que bocejavam depois de ver imagens de outras pessoas a bocejar durante o inverno ou verão. O relatório mostrou que a proporção de bocejos reacionários era significativamente maior no verão do que no inverno – 41,7% e 18,3%, respetivamente.

Isto sugere que a ação involuntária pode estar relacionada com a forma como os nossos corpos se regulam para manter a calma sob temperaturas mais quentes.

Ao longo dos anos, muitas hipóteses sugeriram que o bocejo podia ter algum benefício para os pulmões: bocejar pode ajudar a distribuir um agente humectante protetor, chamado surfactante, nos pulmões e evitar que entrem em colapso. Contudo, há muito poucos dados que apoiam esta teoria.

Uma das descobertas mais intrigantes da investigação sobre o bocejo nas últimas décadas é que este comportamento é influenciado por fatores sociais, isto porque bocejar é altamente contagioso.

Vários estudos mostraram que os cães bocejam depois de verem os seus donos a bocejar e que o mesmo acontece com os chimpanzés. Alguns cientistas levantam a hipótese de que tal se deve à empatia, uma vez que tanto humanos como chimpanzés exibiram uma tendência de serem mais suscetíveis aos bocejos daqueles de quem são próximos.

Liliana Malainho, ZAP //

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4 Comments

  1. Esse também assunto tem me intrigado e desde a adolescência. O que pude constatar é que o bocejo é resultado de vibração! Por exemplo, quando estou orando em voz baixíssima, eu bocejo mesmo querendo frear o processo. Quando oro apenas na mente, sem mover o queixo aí não bocejo. A conclusão que alcancei é que o bocejo é gerado por ondas vibratórias produzidas pela movimentação do queixo e essa vibração pode entrar em ressonância com outras pessoas, fazendo com que vibrem também na mesma frequência.

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