Biólogos americanos identificam bizarro tubarão que brilha no escuro

Uma pequena, nova e bizarra espécie de tubarão de águas profundas foi identificada por investigadores norte-americanos. Este animal vive em profundidades abaixo dos 300 metros, nas ilhas havaianas. O animal recebeu o nome de Etmopterus lailae e é uma espécie de tubarão lanterna.

A nova descoberta pesa menos de 900 gramas e é capaz de brilhar no escuro, uma característica comum da espécie. Embora os cientistas não tenham certeza do propósito desta habilidade, alguns sugerem que seja uma espécie de camuflagem, seja usado como forma de atrair as presas ou então como forma de reconhecimento para parceiros sexuais.

“Existem apenas cerca de 450 espécies conhecidas de tubarões em todo o mundo e não nos deparamos com uma nova espécie muitas vezes”, comemora o co-autor do estudo Stephen Kajiura, da Florida Atlantic University, nos EUA.

“Uma grande parte da biodiversidade ainda é desconhecida, por isso, tropeçar numa pequena e nova espécie de tubarão num oceano gigantesco é realmente emocionante. É uma espécie muito pouco estudada devido ao seu tamanho e por viver em águas muito profundas. Não são facilmente visíveis ou acessíveis como tantos outros tubarões”, conta.

Este novo tubarão foi descoberto pela primeira vez há 17 anos. Quando a espécie foi apresentada pela primeira vez num artigo científico, um dos autores sugeriu que poderia pertencer a uma espécie diferente.

Os investigadores tiveram de fazer medições precisas do tubarão lanterna e compará-lo meticulosamente com espécies alojadas noutros museus. “Os aspetos e características únicas desta nova espécie diferenciam-na dos outros tubarões lanterna”, diz Kajiura.

“Por um lado, tem uma forma de cabeça estranha e um focinho invulgarmente grande e inchado, onde as suas narinas e órgãos olfativos estão localizados. Estas criaturas vivem num ambiente profundo e quase sem luz, por isso precisam de ter um grande faro para procurar comida”, explica o cientista.

O animal também tem marcas na zona abdominal e, além disso, a barriga têm flancos bioluminescentes, o que lhe permite brilhar. Em comparação com outras espécies de tubarões lanterna, não tem escamas no focinho longo, tem menos dentes e um número diferente de vértebras.

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