Eliseu garantiu hoje, com um “grande” golo, a vitória do Benfica frente ao Boavista (1-0), numa partida da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol disputada no relvado sintético do Estádio do Bessa, no Porto.
Na sua última visita ao Bessa, a 06 de abril de 2008, o Benfica não tinha ido além de um 0-0. Petit, que hoje treina o Boavista, jogou pelos “encarnados”. Fary é o único sobrevivente desse Boavista, mas hoje nem sequer foi ao banco.
O Benfica apresentou então um “onze” do qual faziam parte, nomeadamente Maxi Pereira e Rui Costa, hoje dirigente “encarnado”. Luisão sentou-se no banco e não saiu de lá.
Hoje, o Benfica começou sem Enzo Perez e Jara foi o escolhido para o substituir. Ficaram claras as diferenças entre os dois argentinos: o primeiro oferece soluções que o seu substituto não tem disponíveis e disso ressentiu-se, com nitidez, o futebol “encarnado”.
Esperava-se um Benfica “mandão”, mas não foi isso que se viu, em boa medida por culpa própria. Faltaram ideias e intensidade ao meio campo do campeão nacional para romper a aguerrida equipa boavisteira.
Talisca teve alguma culpa nesse futebol mortiço que o Benfica apresentou. Tem bons pés, mas executa devagar e aparenta também alguma debilidade física, que ficou visível nos duelos diretos que manteve com os “axadrezados”.
No primeiro quarto de hora, os guarda-redes foram meros espetadores. Foi só aos 23 minutos que se viu o primeiro remate, por Talisca, que rematou por alto e para fora.
O Boavista procurou, e conseguiu muitas vezes, ter a superioridade numérica a meio campo, jogando com as linhas muito juntas e dificultando assim a progressão atacante do conjunto “encarnado”.
Aos 25 minutos, por fim, surgiu o primeiro grande momento deste jogo entre velhos conhecidos. Eliseu aproveitou um alívio da defesa “axadrezada” e, de longe, rematou forte, obrigando Monllor a sacudir para canto.
Quatro minutos depois, Ruben Amorim caiu, queixou-se de um joelho, foi assistido junto à linha lateral e acabou por ser substituído por André Almeida.
A vida não estava fácil para o Benfica, que apareceu no Bessa com um futebol murcho e lento, que o Boavista foi anulando, diga-se, sem grandes dificuldades.
Numa primeira parte desinteressante, Eliseu tirou um “coelho da cartola” a um minuto do fim e acabou com a resistência boavisteira. Novamente de longe, o lateral esquerdo que o Benfica que foi buscar ao Málaga rematou forte e colocado e obteve um grande golo, dando à sua equipa uma vantagem preciosa e algo injustificada.
O Benfica voltou para segunda parte sem Jorge Jesus, expulso, e deparou com um Boavista disposto a fazer-lhe a vida negra através de um futebol direto e de muito contacto físico.
Certo é que o Benfica não se deu bem com esse estilo frontal e de “olhos nos olhos”, como havia prometido Petit. A equipa de Jorge Jesus teve de se aplicar para não ser surpreendida e garantir três pontos que lhe permitem manter-se a par do FC Porto, nomeadamente, com os mesmos seis pontos.
Talisca apresentou ligeiras melhoras no segundo tempo e o Benfica acabou por triunfar, num encontro que lhe exigiu trabalho aplicado. Foi bem melhor o resultado do que a exibição, diante de um adversário brioso, mas com muito menos qualidade e que somou a sua segunda derrota, depois de na ronda inaugural ter perdido com o Braga por 3-0.