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Bebé viveu um ano com o feto da irmã gémea dentro do crânio

A menina tinha uma cabeça anormalmente grande e problemas de locomoção. Os exames mostraram que tinha um objeto dentro do seu cérebro e, durante a cirurgia para a remoção, os médicos descobriram que se tratava do feto da sua irmã gémea.

Um novo estudo publicado na Neurology relata o caso de uma menina de um ano na China que nasceu com o feto da sua irmã gémea alojado no cérebro.

Os méditos da Universidade de Fundan, em Xangai, explicam que a bebé tinha uma cabeça anormalmente grande e tinha problemas na sua locomoção. Os clínicos decidiram fazer uma ressonância magnética ao seu cérebro para tentar perceber a causa destes problemas e depararam-se com uma acumulação de fluido que estava a comprimir o seu cérebro.

Esta acumulação estava a ser causada por um crescimento significativo dentro dos ventrículos cerebrais, escreve o IFLScience. Os médicos avançaram para uma cirurgia e depararam-se com um raro caso de “feto-em-feto intraventricular“, ou seja, o feto da gémea da bebé estava alojado dentro do seu crânio.

A pequena “massa fetiforme” desenvolveu membros superiores e até já tinha o início dos seus dedos, mas estava extremamente subdesenvolvida.

Estas situações acontecem no início da gravidez de gémeos, quando o aglomerado de células do óvulo fertilizado que se divide em dois não se separa de forma normal. Isto leva a que um dos embriões seja “absorvido” pelo outro e pare de se desenvolver, mas mantendo-se “vivo” por receber nutrientes do irmão.

Não se sabe ao certo como é que a menina de um ano recuperou da cirurgia, dado que o estudo não adianta muitos detalhes.

Casos destes são extremamente raros, ocorrendo em apenas um em cada 500 mil nascimentos. Em 1982, cientistas no hospital de Londres reportaram descobrir um geto de 14 centímetros dentro da cebça de um bebé de seis semanas que tinha uma cabeça grande. O feto foi removido cirurgicamente e a criança recuperou totalmente.

ZAP //

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