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Banco de Portugal quer obrigar bancos a reduzir custos de transferências imediatas

José Sena Goulão / Lusa

O Banco de Portugal quer que a banca implemente práticas que reduzam o preço das transferências imediatas, de forma a aumentar a sua adoção. Estas são transações monetárias de uma conta para outra, efetuadas num máximo de dez segundos.

Seis meses depois de serem disponibilizadas, o Banco de Portugal vem agora pedir que os bancos nacionais revejam os seus preçários das transferências imediatas. O objetivo é reduzir os custos para que os seus clientes aproveitem mais esta funcionalidade.

“O sistema financeiro deve implementar práticas, designadamente em termos de preçários, que potenciem a adoção generalizada das transferências imediatas, não só para pagamentos remotos, mas também nos pontos de venda físicos”, disse, esta sexta-feira, a entidade gerida por Carlos Costa.

Para aqueles que não sabem o que são transferências imediatas ou não saibam como usufruir das suas potencialidades, o Banco de Portugal criou um vídeo explicativo para esta solução de pagamento. O serviço já está disponível em mais de 95% das contas de pagamento em Portugal.

No vídeo do BdP, as transferências imediatas são descritas como um serviço com elevada disponibilidade, rapidez e facilidade de utilização. Está disponível a qualquer hora do dia, todos os dias do ano.

O custo das transferências imediatas é baixo, mas quando comparado com o serviço MB Way, que tem sido cada vez mais usado pelos portugueses para fazer transferências, não se torna tão apelativo.

De acordo com o ECO, as transferências imediatas feitas através da internet e do mobile têm um custo entre 1,5 euros e 2,5 euros. Enquanto que no MB Way, os custos estipulados variam entre 0 e 1,3 euros.

A “crescente digitalização da economia vem potenciar as transferências imediatas como o instrumento de pagamento que melhor pode responder aos novos hábitos e expectativas dos utilizadores”, diz a instituição financeira, citada pelo ECO.

Esta afirmação é corroborada pelos dados obtidos desde a disponibilização das transferências imediatas, em setembro, até dezembro do ano passado. Os dados mostram que os portugueses fizeram 750 mil transferências imediatas, com uma movimentação de 648,5 milhões de euros.

Resta saber se as transferências imediatas, sugeridas pelo Banco de Portugal, conseguirão destronar a aplicação do MB Way. Uma possibilidade que ganha força, após o BPI ter anunciado que vai começar a cobrar pelas transferências feitas através do MB Way.

ZAP //

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