Há quase 5 mil banqueiros a ganhar mais de um milhão na Europa. Oito são portugueses

Há 4.859 banqueiros a trabalhar na Europa que receberam mais de um milhão de euros em 2017. Destes, oito são portugueses. O número manteve-se estável, mas a remuneração média aumentou. 

De acordo com a compilação de dados feita pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) feita em relação a 2017, e publicada esta segunda-feira, há oito banqueiros portugueses com uma remuneração superior a um milhão de euros.

Embora continuem a ser oito, estes banqueiros auferiram maiores remunerações. A média foi de 1,4 milhões de euros em 2017, montante que se elevou para 1,7 milhões no exercício anterior. Ao todo, receberam 13 milhões, face aos 11 milhões homólogos.

De acordo com os dados publicados em 2017 pelos bancos, citados pelo Expresso, Fernando Ulrich, que preside à administração do BPI, e António Vieira Monteiro, homólogo no Santander Totta, estarão na lista, já que auferiram valores superiores a um milhão em 2017 (entre remuneração fixa e remuneração variável).

Os portugueses fazem parte dos 4.859 banqueiros europeus a receber acima da fasquia de um milhão, mais 6% do que no exercício anterior. O maior aumento deu-se na Noruega, país em que o número de banqueiros milionários passou de 12 para 25.

A evolução percentual foi expressiva, mas há países com muitos mais casos e em que o aumento também foi significativo. Por exemplo, na Alemanha, os banqueiros totalizavam 253 no relatório de 2016, passando para 390 no documento agora publicado.

O Reino Unido, contudo, continua a concentrar 73% de todos os banqueiros que mais bem recebem na região, mesmo apesar do Brexit e da discussão sobre eventuais mudanças da praça financeira de Londres para o continente europeu.

Em sentido inverso, Chipre, Dinamarca e Grécia estão entre os países que mais sentiram uma redução do número de remunerações na banca acima de um milhão de euros.

Os banqueiros não são identificados no relatório da EBA, embora sejam os próprios Estados-membros a divulgarem os valores à autoridade europeia. A EBA avisa que irá continuar a publicar estes dados “de forma a monitorizar de forma aprofundada e a avaliar os desenvolvimentos nesta área”.