A sucessão de despedimentos na Banca está a preocupar os Sindicatos do sector que também criticam a política salarial devido à disparidade entre “os salários milionários dos banqueiros” e os valores pagos à maioria dos trabalhadores.
“Uns ganham tudo e outros nada”. É com este desabafo que o presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, António Fonseca, manifesta que os trabalhadores da Banca estão “muito revoltados com os salários milionários dos banqueiros“, conforme declarações ao Correio da Manhã (CM).
Uma situação que António Fonseca define como “inacreditável”, notando que “um jovem licenciado bancário ganha apenas 800 euros por mês“, o que “é uma disparidade enorme” em relação aos salários dos gestores.
Portugal é o 13º país da União Europeia com os maiores salários na Banca, segundo um relatório da Autoridade Bancária Europeia (EBA) referente a 2019. Há gestores que “ganham mais de um milhão de euros por mês“, como nota o CM.
Mas, além dos ordenados, o Sindicato critica ainda “a forma como os profissionais têm sido tratados pelas administrações”. “O assédio laboral e a pressão para cumprir objectivos a todo o custo sob pena de serem incluídos na vaga dos despedimentos têm aumentado muito”, lamenta António Fonseca no CM.
O sindicalista fala de “uma onda de despedimentos como nunca se viu” e salienta que “nunca se viu um corte tão acentuado de trabalhadores”.
Nos últimos tempos, vários Bancos levaram a cabo processos de despedimento, com rescisões por mútuo acordo ou antecipação da reforma.
“O BCP prevê uma redução de 800 trabalhadores, o Santander Totta quer extinguir 685 postos de trabalho e o Montepio cerca de 800“, nota António Fonseca no CM.
Os Sindicatos do sector bancário vão reunir-se para tomar medidas contra a realidade actual.
Realmente, alguns ganham exageradamente e não precisam. Já na EDP, existem casos de gestores que ganharam salários exageradamente elevados assim como na Tap. Existe este exagero na despesa e depois quando começa a deixar de dar lucros , os que ganham menos nas empresas vão para a rua e os gestores mantém o seu lugar.