Um tribunal em Munique, na Alemanha, ordenou a Tesla a pagar uma indemnização de 99.416 euros a uma mulher devido a alegados problemas na funcionalidade de autopiloto do seu automóvel.
A mulher comprou o carro em dezembro de 2016 por 112.640 euros. A germânica pagou um extra de 5.500 euros pela funcionalidade de piloto automático, detalha o Der Spiegel. O veículo chegou às mãos de mulher em março de 2017 e, desde novembro, já reclamava de problemas com o autopiloto.
O tribunal decidiu em favor da mulher, considerando que o piloto automático era defeituoso e que não foi confiável na identificação de obstáculos, levando o carro a travar repentinamente sem motivo aparente.
O tribunal alemão decidiu que a travagem repentina representava um “perigo enorme” no tráfego da cidade, escreve a Insider.
O advogado da Tesla argumentou que o piloto automático não deve ser usado no trânsito citadino, mas o tribunal não considerou válido o argumento da fabricante norte-americana. A verdade é que no site da Tesla, a condução citadina não é listada como uma limitação à funcionalidade de autopiloto.
Por sua vez, o juiz defendeu que ativar e desativar manualmente o piloto automático para diferentes tipos de tráfego pode ser uma distração para o condutor. O magistrado ordenou ainda que a Tesla pagasse 80% dos honorários legais, enquanto a alemã pagou apenas 20%.
O CEO da Tesla, Elon Musk, elogiou a tecnologia de condução autónoma da empresa e disse em dezembro de 2021 que é injustamente criticada.
“Acho que é uma daquelas coisas em que você não será recompensado necessariamente pelas vidas que salva, mas definitivamente será culpado pelas vidas que não salva”, disse Musk à revista TIME.