A Austrália confirmou, esta segunda-feira, a primeira morte causada pela nova variante Omicron no país, que atravessa a sua pior fase relativamente ao número de novos casos diários de covid-19. Mas as autoridades não imposeram novas restrições porque as taxas de hospitalização continuam baixas.
De acordo com a Reuters, a morte — que diz respeito a um homem na casa dos 80 anos com problemas de saúde associados — representa um marco sombrio para o país, após quase dois anos de confinamentos e desconfinamentos.
A Omicron, que os especialistas dizem parecer mais contagiosa mas menos virulenta do que as estirpes anteriores, começou a espalhar-se no país à medida que as restrições foram relaxadas e que foi permitido o regresso dos australianos no estrangeiro sem quarentena, conduzindo o número de casos para o mais alto da pandemia.
As autoridades apenas revelaram que o homem apanhou o vírus num centro de cuidados de saúde e morreu num hospital de Sydney.
“Esta foi a primeira morte conhecida em New South Wales ligada à variante Omicron”, disse a epidemiologista da NSW Health, Christine Selvey, num vídeo divulgado pelo governo.
Os últimos dados relativos àquele país mostram um registo de 10.126 novos casos de covid-19 — a primeira vez que a Austrália tem mais de 10 mil num só dia, desde o início da pandemia.
“Embora estejamos a assistir ao aumento do número de casos, não estamos a ver os impactos no nosso sistema hospitalar”, disse Annastacia Palaszczuk, primeira-ministra de Queensland.
As autoridades australianas têm resistido a um regresso ao confinamento face ao aumento do número de casos, mas reintroduziram algumas restrições. Na segunda-feira, a NSW tornou novamente obrigatório o check-in em locais públicos com códigos QR, enquanto muitos estados trouxeram de volta o uso obrigatório de máscaras em locais públicos fechados.