“Atlas do envelhecimento” pode ajudá-lo a manter-se jovem

Está a sentir os efeitos do envelhecimento nos seus músculos? Não é o único. Mas há esperança no horizonte, graças a um estudo que promete esclarecer os mistérios do envelhecimento muscular e potencialmente abrir caminho a tratamentos inovadores.

O estudo, publicado este mês na revista Nature Ageing, apresenta um “atlas do envelhecimento” que fornece informações sem precedentes sobre as alterações celulares e moleculares que ocorrem nos músculos à medida que envelhecemos.

A fraqueza muscular e a fragilidade são sintomas comuns do envelhecimento, que tornam as tarefas do dia-a-dia difíceis e diminuem a nossa qualidade de vida. No entanto, até à data, os mecanismos que conduzem a estas alterações permanecem um mistério.

Com a revelação deste atlas, os investigadores dispõem de uma ferramenta para explorar potenciais intervenções que podem melhorar a saúde muscular e promover um envelhecimento mais saudável, detalha a BBC Science Focus.

De acordo com o especialista em longevidade Andrew Steele, compreender as alterações celulares que conduzem ao declínio muscular é crucial para manter a força e a independência à medida que envelhecemos.

O estudo revela que a perda de força muscular observada com o envelhecimento não é apenas atribuída a uma diminuição da massa muscular, mas também a alterações na eficácia muscular a nível celular.

Os investigadores analisaram amostras de músculo esquelético de indivíduos com idades compreendidas entre os 20 e os 75 anos, e descobriram informações significativas, incluindo a redução da atividade dos genes que controlam os ribossomas nas células estaminais musculares mais velhas, prejudicando a sua capacidade de reparar e regenerar as fibras musculares.

Além disso, o atlas identificou novas populações de células responsáveis pelo envelhecimento muscular acelerado em determinadas fibras. Em particular, o estudo destaca a perda de uma fibra muscular de contração rápida chave, o tipo IIx, com a idade.

Apesar desta perda, o organismo compensa-a reforçando as características de contração rápida nas restantes fibras musculares e reconstruindo as ligações entre os nervos e os músculos envelhecidos.

Estas descobertas oferecem esperança para intervenções que possam preservar a função muscular e a vitalidade à medida que envelhecemos.

ZAP //

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