Ativistas ambientais tentaram vandalizar quadro de Picasso no CCB

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Climáximo / Instagram

Dois apoiantes do Climáximo cobriram com tinta vermelha obra de Picasso, no Museu CCB, em Lisboa​​​​​

Dois ativistas ambientais do grupo Climáximo atiraram tinta vermelha sobre um quadro de Picasso no Museu de Arte Contemporânea – Centro Cultural de Belém (MAC/CCB), em Lisboa, esta sexta-feira, e acusaram os Governos e as empresas de estarem a matar o Planeta.

Esta sexta-feira, dois jovens do grupo ambientalista Climáximo cobriram de tinta a obra “Femme dans un fauteuil (métamorphose)” (1929), de Pablo Picasso, em exibição no museu do CCB, em Belém, peça da Coleção Berardo na exposição permanente, e colaram-se à parede.

A obra não sofreu danos porque estava totalmente protegida com um acrílico”, assegurou Delfim Sardo, vogal do conselho de administração do CCB, contactado pela agência Lusa sobre a ação, que também não deixou estragos no museu, a não ser a tinta derramada.

Como foi explicado à rádio Renascença, a obra está coberta por um vidro protetor, não tendo sido, por isso diretamente atingida.

O quadro foi comprado por Joe Berardo, em 1998, e está avaliado em 18 milhões de euros. A peça – uma das mais valiosas do espólio constituído pelo comendador – está agora nas mãos do Estado.

Num comunicado, publicado nas redes sociais, os ativistas escreveram: “Quando soldados alemães entraram no estúdio de Picasso em Paris, onde vivia durante a II Guerra Mundial, e viram o ‘Guernica’ (a famosa obra-prima que retrata os horrores da guerra), perguntaram-lhe “fizeste isto?”. Ele respondeu ‘não, tu fizeste isto’. As instituições culpadas pelo colapso climático declararam guerra às pessoas e planeta. Temos de parar aceitar esta normalidade”.

 

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“Temos a responsabilidade de aceitar que estamos em guerra e dizer a verdade a nós próprias. Temos a responsabilidade de resistir, de defender a vida e tudo o que amamos. Não há arte, num planeta morto“, escreveram os ativistas.

De acordo com Delfim Sardo, os jovens, que aproveitaram um momento em que a sala se encontrava sem visitantes, foram detidos pela PSP. O museu foi reaberto, logo após a detenção.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Não é uma ideia original pois já foi feito em outro país, também como uma obra de Picasso. Para além da estupidez óbvia de vandalizar arte em nome do “ambiente” ficam as seguintes,mínimas, questões.
    A tinta é feita de produtos naturais ou químicos? A cola? Os produtos para limpar, tudo amigos do ambiente? E as fotos tiradas e públicadas com telemóveis também amigos do ambiente? É que por exemplo, as baterias do telemóveis são de lítio que para ser extraído destrói por completo o local de extração. Bem como o facto dos aparelhos elétricos, incluindo Telm, quando chegam ao fim do seu ciclo de vida constituiem uma das maiores fontes de poluição ,porque não são reciclados todos os componentes (alguns deles com metais bem nocivos ao ambiente) . Resumindo, não é com hipocrisia que se luta por um mundo melhor e muito menos com vandalismo.

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