Astrónomos acabam de “perder” três exoplanetas (e há um quarto na corda bamba)

Tim Pyle / NASA

Kepler-11 é uma estrela semelhante ao Sol em torno da qual orbitam seis planetas

Os objetos Kepler-854b, Kepler-840b e Kepler-699b são demasiado grandes para serem exoplanetas. O mais provável é que sejam estrelas.

Desde que os astrónomos descobriram que existem mundos para lá do nosso Sistema Solar, foram descobertos mais de cinco mil exoplanetas.

Recentemente, investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram que três (ou quatro), originalmente descobertos pelo Telescópio Espacial Kepler, são demasiado grandes para serem considerados exoplanetas, havendo maior probabilidade de serem pequenas estrelas.

“A maioria dos exoplanetas são do tamanho de Júpiter ou muito mais pequenos”, explicou o astrónomo Prajwal Niraula, citado pelo Science Alert. “Duas vezes [o tamanho de] Júpiter já é suspeito. Maior do que isso não pode ser um planeta.”

Graças a novas e melhores estimativas de propriedades estelares, os cientistas descobriram que os três objetos – Kepler-854b, Kepler-840b e Kepler-699b – têm entre duas e quatro vezes o tamanho de Júpiter.

Kepler-747b tem cerca de 1,8 vezes o tamanho de Júpiter, o que é comparável aos maiores planetas confirmados. No entanto, está relativamente longe da sua estrela e a quantidade de luz que recebe é muito pequena para sustentar um planeta do seu tamanho.

Kepler-747b, é, portanto, suspeito, mas não totalmente implausível.

O objetivo inicial desta investigação era procurar sistemas com sinais de distorção. “Se houver dois objetos próximos, a atração gravitacional de um fará com que o segundo adote uma forma oval ou elipsoidal, o que dá uma ideia do quão grande é o companheiro”, explicou Niraula.

Desta forma, é possível determinar se se trata de um sistema estrela-estrela ou estrela-planeta, “apenas com base nessa força de maré”.

Foi ao analisar o catálogo do Kepler que os cientistas encontraram um sinal do Kepler-854b que parecia muito grande. “De repente, tivemos um sistema onde vimos este sinal elipsoidal enorme, e imediatamente soubemos que não poderia ser de um planeta”, rematou Avi Shporer, co-autor do artigo científico publicado no The Astronomical Journal.

ZAP //

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