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Astrónomos encontraram método para facilitar a procura por vida extraterrestre

JPL-Caltech / Ames / NASA

A super-terra Wolf 1061 juntou-se ao pequeno grupo de exo-planetas potencialmente habitáveis

A super-terra Wolf 1061 juntou-se ao pequeno grupo de exo-planetas potencialmente habitáveis

Astrónomos acreditam ter encontrado uma maneira de estudar estrelas distantes que pode ajudar a localizar planetas que poderiam albergar formas de vida.

O método, descrito num artigo na revista especializada Science Advances, permite analisar até mesmo as estrelas mais remotas.

De acordo com os autores, através do estudo das variações no brilho das estrelas é possível fazer medições mais precisas da gravidade na superfície destes corpos celestes, o que ajuda a determinar a massa e do tamanho das estrelas – e de qualquer planeta que esteja à sua volta.

“A nossa técnica pode revelar o tamanho e o brilho de uma estrela, e também se um planeta próximo possui a dimensão e a temperatura para ter oceanos líquidos – e provavelmente vida”, afirmou Jaymie Matthews, da Universidade de British Columbia, no Canadá.

A gravidade de superfície é a intensidade da força que puxa tudo na superfície de uma estrela ou de um corpo celeste para o centro. Essa medida é normalmente calculada medindo a luz ou o brilho de uma estrela – mas essa técnica funciona bem apenas para as estrelas mais próximas e brilhantes.

Usando dados do telescópio Kepler, da NASA, uma equipa liderada por Thomas Kallinger, da Universidade de Viena, mostrou que as variações no brilho de estrelas distantes podem revelar informações sobre a sua gravidade.

Os investigadores concluíram que a duração de eventos como turbulências e vibrações na superfície de uma estrela, baseada nas suas variações de brilho, fornecem dados sobre a sua gravidade.

As missões espaciais no futuro deverão procurar por exoplanetas (planetas que orbitam outras estrelas além do Sol) nos arredores de estrelas distantes que possam abrigar água líquida e, talvez, vida. Segundo Kallinger, o novo método poderá ser usado para analisar informações colhidas por essas missões, para ajudar a entender a natureza de estrelas como o Sol e localizar planetas semelhantes à Terra.

Como a gravidade depende da massa e da dimensão da estrela, a técnica também deverá ajudar os astrónomos a estimar esses valores para estrelas remotas – e qualquer planeta nas imediações.

“Se não conhecemos a estrela, não conhecemos o planeta”, afirma Matthews.

“O tamanho de um exoplaneta é medido a partir do tamanho da sua estrela-mãe. Se encontrarmos um planeta à volta de uma estrela que imaginamos ser do tamanho do Sol, mas é afinal uma gigante, podemos ter-nos iludido ao pensar ter localizado um planeta com condições de vida.”

ZAP / BBC

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