Uma recente descoberta dá conta de um irmão, há muito desaparecido, do Sol. Astrónomos pretendem agora criar a árvore genealógica solar e tentar perceber como e onde o Sol se formou.
Uma equipa de investigadores identificou, pela primeira vez, uma estrela directamente relacionada com o Sol, certamente nascida a partir da mesma nuvem de gás e pó.
Este novo estudo, liderado pelo astrónomo Ivan Ramirez, da Universidade do Texas, vai ajudar os investigadores a procurarem mais irmãos solares, para além da possibilidade de perceberem como e onde o Sol se formou.
«Nós queremos saber onde nascemos», disse Ramirez. «Se pudermos descobrir em que parte da galáxia o Sol se formou, podemos limitar as condições existentes no início do sistema solar. Isso pode-nos ajudar a entender por que estamos aqui», explicou.
Há ainda a possibilidade, «pequena, mas não impossível», afirmou Ramirez, de esses irmãos solares estarem a hospedar planetas com vida. Quando estas estrelas nasceram, as colisões podem ter criado pedaços de planetas, e esses fragmentos podem ter viajado entre sistemas solares, quem sabe até trazendo vida primitiva para a Terra.
Por outro lado, fragmentos da Terra podem ter enviado vida para planetas que orbitam em outras estrelas.
«Podemos argumentar que os irmãos solares são essenciais na pesquisa por vida extraterrestre», advogou Ramirez.
Localizada a 110 anos-luz de distância, na constelação de Hércules, a estrela, chamada HD 162826, é 15 por cento mais massiva do que o nosso Sol, e pode ser vista com binóculos de baixa potência.
CG, ZAP