O Tesla Roadster lançado para o Espaço por Elon Musk em 2018 confundiu os cientistas, que acharam que se tratava de um asteróide.
Os astrónomos identificaram recentemente um objeto próximo da Terra (NEO), inicialmente catalogado como asteroide “2018 CN41”, apenas para mais tarde confirmarem que se tratava do Tesla Roadster de Elon Musk, lançado para o Espaço em 2018 a bordo de um foguetão Falcon Heavy.
A órbita invulgar e a proximidade da Terra levaram à sua classificação inicial como um asteroide recém-descoberto, antes de os astrónomos identificarem o objeto como o famoso carro elétrico.
O Centro de Planetas Menores da União Astronómica Internacional anunciou o objeto a 2 de janeiro de 2025, descrevendo a sua órbita excêntrica, que o colocava dentro da órbita da Lua – a menos de 240 mil quilómetros da Terra.
No entanto, uma correção emitida no dia seguinte esclareceu que a órbita correspondia a um objeto artificial, especificamente o Tesla e o impulsionador da fase superior do Falcon Heavy. A designação “2018 CN41” foi posteriormente retirada.
Casos como este não são invulgares, uma vez que os astrónomos confundem ocasionalmente lixo espacial de origem humana ou objetos conhecidos com novas descobertas celestes. Um evento semelhante ocorreu em 2007, quando a nave espacial Rosetta da Agência Espacial Europeia foi brevemente identificada como um novo objeto.
O Tesla Roadster de Elon Musk, lançado como carga simbólica durante o voo de teste Falcon Heavy da SpaceX, segue uma órbita heliocêntrica que interseta as órbitas da Terra e de Marte, explica o IFLScience.
Embora os astrónomos não acompanhem de perto o carro, o seu destino a longo prazo tem suscitado alguma curiosidade científica. Em 2018, uma equipa de investigação calculou que o Roadster tem 22% de probabilidades de colidir com a Terra, 12% de atingir Vénus e uma probabilidade semelhante de cair no Sol. Dado não ter sido esterilizado, há até receios de que destrua a vida noutros planetas.
Felizmente, estes cenários só se desenrolariam ao longo de milhões de anos.
A órbita caótica do carro, influenciada pelas interações gravitacionais com os planetas, torna quase impossível fazer previsões precisas para além de 100 anos. No entanto, os astrónomos prevêem a sua próxima aproximação significativa em 2047, quando passará a cerca de 5 milhões de quilómetros da Terra.
Este anormal indivíduo – e cada vez mais – espalha lixo não só no nosso planeta como fora dele :/