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As renas são mesmo o animal perfeito para puxar o trenó do Pai Natal (e há 5 razões)

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Todos sabemos que, se não fossem as suas famosas renas, o Pai Natal teria imensas dificuldades na sua tarefa anual de distribuir as suas prendas por quem as merece em todo o mundo. Mas porque foram elas escolhidas para puxar o trenó do Pai Natal? Há 5 razões.

Rodolfo, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão, Relâmpago e Bernardo. Sem as famosas renas do Pai Natal, milhões de crianças em todo o mundo ficariam sem as suas prendas — ou assim o pensam.

Mas porque foram as renas escolhidas como animal de tração para desempenhar tão nobre missão? Segundo o portal The Conversation, as renas evoluíram na perfeição para se tornarem exímias na tarefa, e há cinco razões para tal.

Aquecimento Corporal

As renas vivem no Ártico, onde o termómetro, nas noites de inverno, chega a indicar -30ºC. Ao contrário da maioria dos mamíferos, que têm uma camada de pelo, as renas têm duas. Uma densa camada de pelos, sob uma segunda manta de pelos ocos. A rena pode ter até 2.000 fios de cabelo, num único centímetro quadrado.

Esta dupla camada retém o ar e cria uma camada de isolamento que impede que as renas percam calor e impede também que a neve esfrie a pele. Permitindo assim, que o animal se mantenha aquecido — seja no polo norte ou a viajar pelo mundo na véspera de Natal.

Além disso, as renas fazem a chamada “troca de calor em contracorrente”, que permite essencialmente reciclar o calor para que o coração não precise de bombear tanto, poupando assim energia.

As artérias e veias que transportam o sangue de e para o coração estão entrelaçadas, fazendo com que o calor do sangue arterial quente passe para o sangue venoso frio.

Grande parte desta troca de calor acontece nos ossos nasais especializados das renas, onde é inalado muito ar frio pelas narinas.

Na verdade, os vasos sanguíneos altamente concentrados nas suas narinas deixam com frequência as renas com o nariz vermelho, como é o caso de Rudolph. Não, não é excesso de álcool.

Aptidão física

O principal alimento das renas durante o inverno é o líquen — um organismo formado a partir de uma relação simbiótica entre algas e fungos. Os líquenes têm um aspeto crocante e normalmente vivem nos troncos das árvores ou em rochas

Os líquenes são abundantes no Ártico e por isso são o alimento ideal — as renas encontram-no onde quer que vão, não precisando de armazenar gordura corporal, e ao contrário de muitos outros animais, podem encontrar comida suficiente para se alimentarem na sua viagem de trenó com o Pai Natal.

Na realidade, as renas são os únicos mamíferos capazes de digerir líquenes, graças a uma bactéria no intestino.

Visão

No Inverno, o Ártico tem pouca luz durante o dia, e por isso, as renas têm evoluído para verem o máximo possível no escuro. Os olhos das renas mudam de cor dourada para azul, nesta estação do ano, deixando entrar assim, a pouca quantidade de luz existente, melhorando assim a sua visão.

As renas podem mesmo ver ultravioleta. Embora este sentido seja comum nas aves e nos insetos, as renas são dos poucos mamíferos com esta capacidade. E como tal são perfeitas para guiarem o Pai Natal pela noite fora.

Estabilidade e força

Para poderem caminhar na neve, as renas possuem cascos largos em forma de lua crescente. Estes dão às renas estabilidade mas também servem para escavar para encontrar líquenes debaixo da neve.

Os cascos encolhem e endurecem durante o Inverno, permitindo às renas caminhar sob as suas extremidades.

Para além de reduzir a área do casco exposta ao solo frio, as arestas do casco cortam o gelo para evitar que escorreguem — uma adaptação essencial para manter as renas estáveis quando aterram em telhados com neve.

Transporte

As renas tem sido utilizadas como meio de deslocação desde a idade da pedra. São os únicos veados domesticados. Os humanos montam as renas, tal como o fazem com os cavalos, e usam pequenos rebanhos para conduzir trenós — tal como o Pai Natal.

As renas migram até 5.000km por anomais do que qualquer outro mamífero— e andam por dia até 55km. São surpreendentemente rápidas, e atingem velocidades de até 80km por hora.

Só assim o Pai Natal consegue visitar todas as crianças numa só noite.

Em resumo, estes mamíferos mantém-se quentes, conseguem ver no escuro, mantêm o equilíbrio em superfícies escorregadias e encontram alimento nos ambientes mais adversos — reunindo assim todas as aptidões para dar conta da sua hercúlea tarefa na véspera de Natal.

Então Boas Festas e um Feliz Natal… com muitas prendinhas.

Inês Costa Macedo, ZAP //

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