As rãs fingem-se de mortas quando não querem acasalar

Rodar o corpo, “gritar” e fingir-se de mortas: são estas as técnicas mais comuns, usadas pelas rãs fêmeas, para evitar o acasalamento com os machos.

Um estudo, publicado esta quarta-feira no The Royal Society, revelou que as rãs fêmeas têm várias técnicas para evitar que os machos as assediem, durante a época de acasalamento.

A investigação, liderada por Carolin Dittrich do Museu de História Natural de Berlim, analisou o comportamento de 96 rãs fêmeas e 48 rãs machos.

As rãs fêmeas demonstraram várias técnicas de evasão, quando abordadas por um macho para acasalar.

83% das rãs fêmeas viraram-se para se afastar, marcando-a como a estratégia de fuga mais comum. Quase metade imitou um “grito de libertação” tipicamente usado pelos machos para sinalizar a outros machos para os deixarem avançar.

Mas, surpreendentemente, 33% fingiram-se de mortas – a chamada “imobilidade tónica” – para evitar o assédio.

Devido à curta janela de acasalamento para muitas espécies de rãs, há uma intensa competição entre machos, que por vezes leva a confrontos fatais.

As fêmeas correm frequentemente riscos, com múltiplos machos a agarrar-se a uma única fêmea, que, como explica a New Scientist, costuma levar à morte da fêmea.

Carolin Dittrich acredita que comportamentos semelhantes seriam observados em populações selvagens, destacando que as rãs fêmeas não são tão passivas quanto anteriormente assumido.

O estudo traz à luz as complexidades dos comportamentos de acasalamento em rãs (e outras espécies), desafiando noções estabelecidas sobre a passividade feminina no reino animal.

ZAP //

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