Embrapa/Instagram

Rápida recolha de brotos permitiu a regeneração da árvore a partir das suas próprias células. Árvore idosa era considerada a maior da sua espécie no estado brasileiro do Paraná.
Investigadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciaram esta sexta-feira que clonaram uma árvore araucária com cerca de 750 anos, que caiu em 2023 num temporal, e já plantaram as primeiras mudas resultantes dessa experiência.
Em comunicado, a Embrapa afirma que a árvore clonada tinha 42 metros de altura e era considerada a maior da sua espécie no estado brasileiro do Paraná.
Os investigadores que participaram na experiência salientaram que “a clonagem de uma planta tão antiga apresentou grandes desafios, pois a regenerabilidade de tecidos de árvores idosas é reduzida” já que, com o passar dos anos, as células das plantas reduzem a sua taxa de multiplicação e perdem parte da capacidade de originar novos indivíduos.
A técnica usada para a clonagem da árvore brasileira de 750 anos foi a enxertia, que consiste em unir fragmentos da planta original a uma muda jovem. Logo quando a araucária caiu foi feita a recolha de brotos que foram guardados e enxertados em mudas já estabelecidas, garantindo que o novo indivíduo possuísse o mesmo material genético da planta original.
O processo permitiu a regeneração da árvore a partir das suas próprias células, mantendo características como resistência e produtividade, de acordo com a Embrapa.
Das quatro mudas clonadas, uma foi plantada na mesma região onde a árvore original caiu e outra num colégio agrícola da cidade de Cruz Machado. O terceiro clone entrou para o banco genético da Embrapa e o quarto deve ser plantado em Curitiba, capital regional do Paraná.
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ZAP // Lusa