Arábia Saudita apreende brinquedos arco-íris para reprimir homossexualidade

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Caixas de lápis, saias e chapéus são alguns dos artigos apreendidos por “contradizerem a fé islâmica e a moral pública”.

As autoridades da Arábia Saudita têm vindo a apreender brinquedos e vestuário com tons arco-íris em lojas da capital como uma repressão da homossexualidade, noticiou a imprensa estatal.

O reino abriu-se ao turismo em 2019 mas, tal como outros países do Golfo, é frequentemente criticado pelo seu historial em matéria de direitos humanos, incluindo a ilegalização da homossexualidade, segundo o The Guardian.

Os artigos visados nas rusgas de Riade incluem saias, chapéus ou estojos de lápis, a maioria deles fabricados para crianças, de acordo com uma reportagem transmitida na terça-feira à noite pelo canal de notícias estatal Al Ekhbariya.

“Estamos a fazer uma limpeza dos artigos que contradizem a fé islâmica e a moral pública e que promovem cores homossexuais dirigidas à geração mais jovem”, referiu um funcionário do Ministério do Comércio, envolvido na campanha.

“A bandeira da homossexualidade está presente num dos mercados de Riade”, refere um jornalista, durante a reportagem. As cores enviam uma “mensagem envenenada” às crianças e aos jovens, acrescenta.

A reportagem não detalhou quantas lojas eram alvo ou artigos apreendidos, e as autoridades também não o revelaram.

A Arábia Saudita proibiu ainda os filmes que retratam ou que fazem referência a minorias sexuais. Em abril, pediu à Disney para cortar “referências LGBTQ” do filme “Doctor Strange in the Multiverse of Madness” da Marvel, mas a Disney recusou.

Os reguladores sauditas opuseram-se a uma cena de 12 segundos em que uma personagem se refere às suas “duas mães”. Um funcionário do Governo disse na altura que estava a tentar trabalhar com a Disney para encontrar uma solução, mas o filme acabou por não ser exibido nas salas de cinema.

A reportagem mostrou fotografias de Benedict Cumberbatch em Doctor Strange e de “crianças aparentemente estrangeiras a agitar bandeiras de arco-íris”.

A última animação da Disney, Lightyear, que apresenta um beijo do mesmo sexo, também foi proibida na Arábia Saudita e em mais de uma dúzia de outros países, de acordo com uma fonte próxima da Disney.

A Arábia Saudita levantou uma proibição de décadas em todos os cinemas no final de 2017, parte de uma revisão social liderada pelo Príncipe Herdeiro Mohammed bin Salman, que está a abalar o reino conservador.

Desde então, o país atingiu um crescimento significativo nas vendas de bilhetes de cinema, com receitas no total de 238 milhões de dólares em 2021, um aumento de 95% em relação ao ano anterior.

ZAP //

3 Comments

  1. São estes, são os russos, são os chineses……..mentalidade estúpida. O arco-iris já existia antes dos LGBT o terem usado como símbolo e até a essa altura não devia haver problema. O que significa que afinal os LGBT tem poder que até metem medo aos árabes. Os árabes tem medo de ser influenciados…….por um conjunto de cores?…….

  2. Bem……..O proselitismo vociferado pela Comunidade LGTBQ , quasi Diariamente , já enjoa . Tem toda a Liberdade de viverem a Vida que desejam sem a quererem impor aos outros !

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