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Aplicação para telemóvel deteta sinais precoces de Parkinson

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Uma equipa de investigadores portugueses participa num projeto europeu que deteta os primeiros sintomas de Parkinson e combate a progressão da doença.

O Parkinson é uma doença subtil e difícil de detetar. Os exames não são eficazes no início da doença, pelo que geralmente a síndrome só é detetada numa fase mais tardia, piorando a condição física do afetado e as hipóteses de tratamento.

Esta doença neurológica caracteriza-se pela perda de movimentos do paciente, geralmente com tremores associados. Quedas, depressão, perturbação emocional podem ser alguns dos sinais de risco, todos eles “confundíveis” com outros problemas.

Agora, graças a um projeto europeu que conta com a participação de uma equipa portuguesa da Faculdade de Motricidade Humana, a solução pode estar à distância de uma chamada ou uma mensagem, segundo a Visão.

O programa está a desenvolver uma aplicação que monitoriza o comportamento dos cidadãos e que através da análise dos padrões de atividade indica se a pessoa tem Parkinson ou não. Os sinais são impercetíveis, mas depois de submetidos ao software resultam num diagnóstico claro e praticamente inequívoco.

Cada cidadão que aceite participar nesta experiência, que está disponível para Android, a aplicação i-Prognosis, deverá utilizar o telefone normalmente e os dados serão recolhidos e analisados. Tremor e fraqueza na voz são alguns dos sinais precoces dad oença que são recolhidos e analisados.

Assim que houver suspeita de diagnóstico a pessoa recebe um aviso.

No projeto também se prevê que os doentes recebam informação sobre a doença, sugestões de estratégias de combate, como exercício físico, ajuda ao sono e jogos de telemóvel para minimizar ao máximo a perda de capacidade motora.

Todos os cidadãos europeus são convidados a participar no projeto, estando assim, por um lado contribuindo para a investigação, e por outro tendo a hipótese de aceder a um diagnóstico precoce, com uma intervenção desenhada à medida, com exercícios específicos, disponíveis também na aplicação.

Não são conhecidos os números exatos da doença, até por causa da questão da dificuldade do diagnóstico. Mas estima-se que no mundo existam mais de seis milhões de doentes. Em Portugal os dados mais recentes apontam para 180 casos, por 100 mil habitantes.

Do projeto europeu, financiado pelo programa Horizonte 2020, fazem parte 11 países.

ZAP //

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