Aperta-se o cerco ao juiz Rui Rangel por suspeitas de ter recebido dinheiro de Veiga

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António Pedro Santos / Lusa

O juíz desembargador Rui Rangel

A Procuradoria-Geral da República reforçou a equipa de investigação que está a analisar as suspeitas em torno do juiz desembargador Rui Rangel, no âmbito de um caso relacionado com a Operação Rota do Atlântico que envolve José Veiga.

O Correio da Manhã avança que a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, nomeou mais dois magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) para auxiliarem o procurador-geral-adjunto, Paulo Sousa, nas investigações ao juiz Rui Rangel.

Em causa, estão suspeitas de que o juiz desembargador pode ter recebido dinheiro de José Veiga, ex-empresário de futebol que é arguido no caso Rota do Atlântico por suspeitas de crimes de corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais e tráfico de influências.

De acordo com o CM, a Polícia Judiciária (PJ), que está também envolvida na investigação, detectou transferências de milhares de euros efectuadas por José Veiga em contas do filho de José Bernardo Santos Martins que é amigo de Rui Rangel.

A tese do Ministério Público é de que o verdadeiro destinatário daquelas somas seria o próprio Rui Rangel.

Entretanto, o MP continua à espera do pedido de escusa que apresentou com o intuito de afastar Rui Rangel da apreciação de um recurso da defesa de José Sócrates, no âmbito da Operação Marquês. O MP alegou haver “motivo sério e grave, adequado a gerar desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado judicial”.

ZAP //

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