António Costa vê na floresta a “grande prioridade” dos próximos anos

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O primeiro-ministro defendeu este sábado a valorização da floresta, considerando que o país deve encarar este património como uma “grande prioridade” nos próximos anos.

“É absolutamente essencial voltar a valorizar a nossa floresta”, afirmou António Costa, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, ao realçar a importância de ordenar e cuidar da floresta para prevenir os incêndios e para criar riqueza.

Na sua opinião, a floresta portuguesa “só voltará a ser protegida se voltar a ser valorizada”, aproveitando as suas riquezas económicas, ambientais e turísticas.

“Se nada for feito”, no presente, como o ordenamento e o cadastro, adiado por sucessivos governos, a floresta “voltará a arder daqui a 10 anos”, alertou o primeiro-ministro.

Segundo António Costa, “não devemos ter medo de fazer aquilo que é difícil e leva tempo a fazer”, como será o caso do levantamento das propriedades rústicas, sobretudo a norte do rio Tejo.

“E o que é necessário fazer é o cadastro”, a par da valorização da floresta e dos territórios de baixa densidade demográfica do interior, como é o caso de Pedrógão Grande, a cuja Câmara Municipal preside Valdemar Alves, um ex-profissional da Polícia Judiciária, eleito pelo PSD, pela primeira vez, em 2013.

Neste contexto, o primeiro-ministro realçou a importância da Unidade de Missão de Valorização do Interior, criada este ano, coordenada pela ambientalista e professora Helena Freitas, da Universidade de Coimbra.

Depois da reforma da Proteção Civil e da política de prevenção e combate aos fogos florestais, na década passada, os últimos 10 anos “não foram devidamente aproveitados” no sentido de concretizar o ordenamento florestal.

“Temos hoje de fazer uma reforma da floresta”, preconizou António Costa, realçando que “há um problema de cadastro a norte do Tejo”, no Centro e no Norte, onde predomina a pequena propriedade florestal e agrícola.

A floresta, segundo o líder do Governo, “tem de ser gerida, tratada, ordenada e certificada”, para que seja “uma fonte de riqueza e não uma ameaça” para pessoas, bens e habitações.

Em Pedrógão Grande, António Costa visitou os terrenos da futura Área Empresarial do concelho, onde as terraplenagens estão a ser efetuadas com apoio de máquinas e militares do Regimento de Engenharia 3, de Espinho.

Seguiu-se a inauguração de um monumento comemorativo dos 600 anos da conquista de Ceuta, em 1415, que evoca dois cidadãos de Figueiró e Pedrógão que foram capitães e governadores daquela praça do Norte de África, João Rodrigues de Vasconcelos Ribeiro e seu filho Rui Mendes de Vasconcelos Ribeiro.

Foi também inaugurado um espaço de trabalho da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria.

/Lusa

1 Comment

  1. A floresta é uma prioridade estratégica, que, como António Costa muito bem sublinhou, vem com 10 anos de atraso.
    A opção, sublinhada por António Costa, pelas indispensáveis medidas de planeamento florestal e de execução do cadastro dos prédios rústicos a norte do rio Tejo, é uma boa notícia.
    Como António Costa muito bem chamou a atenção no seu discurso em Pedrógão Grande, a cabal implementação destas medidas é cara e requer muito tempo para produzirem os seus efeitos, mas é por aqui que se tem de ir.
    Força, António Costa.

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