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Tal como os humanos, há animais que podem sofrer ataques cardíacos (mas é raro)

Todos os dias milhões de pessoas no mundo são vítimas de ataques cardíacos. Mas será possível que também os animais possam passar por isto?

Um ataque cardíaco ocorre quando um vaso sanguíneo que distribui sangue oxigenado para o coração fica bloqueado e, assim, um pedaço de tecido cardíaco acaba por “morrer“ por privação de oxigénio, de acordo com Flavio Fenton, professor de física do Instituto de Tecnologia da Geórgia.

Desta forma, o órgão não consegue contrair e falha em propagar a onda elétrica que se move pelo resto do coração. Isso pode fazer com que o coração pare, levando à morte, a menos que uma intervenção, como a RCP, seja realizada.

Tendo isso em mente, o investigador não põe de lado a hipótese de os animais também poderem ser vítimas de ataques cardíacos. “Os corações dos mamíferos são muito semelhantes, por isso, em princípio, podem ter ataques cardíacos“.

Contudo, esta hipótese é bastante remota. O Oakland Veterinary Referral Service, em Bloomfield Hills, no Michigan, indica que, por exemplo, muito raramente os cães – um dos mamíferos mais domesticados pelo homem – sofrem ataques cardíacos.

Segundo o Live Science, nem mesmo os chimpanzés em cativeiro, que para além de estarem intimamente relacionados aos humanos, também partilham fatores de risco semelhantes para as doenças cardíacas, têm ataques cardíacos.

Por outro lado, diz o estudo publicado na PNAS, também os roedores e os coelhos são pouco propensos a ter este problema, uma vez que, por norma, não acumulam gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias.

Os roedores e os coelhos, que são geneticamente modificados para terem colesterol alto e lípidos no sangue com o objetivo de induzir a aterosclerose e outras doenças humanas, têm ataques cardíacos com pouca frequência.

Apesar de, segundo a comunidade científica, não haver muitos animais a sofrer ataques cardíacos, a verdade é que ainda não existem muitos estudos a explorar essa questão.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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