Cientistas descobriram as (assustadoras) anchovas dos tempos pré-históricos

(dr) Capobianco et al., RSOS, 2020

O fóssil da espécie Clupeopsis straeleni

Pelos vistos, antes de serem um daqueles ingredientes da culinária que se adora ou se odeia, as anchovas também foram um verdadeiro terror dos oceanos.

De acordo com o site Science Alert, isto por causa de duas espécies de peixes predadores do Eoceno, há 55 milhões de anos, que estarão intimamente relacionadas com as anchovas como agora as conhecemos.

Os dois fósseis foram encontrados perto da Bélgica e do Paquistão. A primeira espécie, chamada Clupeopsis straeleni, foi descrita pela primeira vez em 1946 e tinha cerca de meio metro de comprimento. A segunda, batizada Monosmilus chureloides, foi encontrada em 1977 e media o dobro. Embora as duas fossem diferentes em tamanho, ambas tem parecenças, sobretudo por causa do grande dente que possuíam.

Agora, uma equipa de paleontólogos da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, fez algumas comparações entre os dois peixes e várias espécies modernas, tendo determinado que os fósseis pertenciam a um clado anteriormente desconhecido de clupeiformes (grupo no qual se incluem as sardinhas, os arenques e as anchovas).

A maioria dos clupeiformes, incluindo as anchovas, são planctívoros, isto é, alimentam-se de plâncton, e não têm dentes ou mandíbulas parecidos com os encontrados nos dois fósseis pré-históricos. Segundo o mesmo site, isto indica que estes teriam um estilo de caça predatório.

Saber exatamente como e porque é que o C. straeleni e o M. chureloides desapareceram é impossível, mas é provável que tenham acabado por ser superados por predadores rivais.

A investigação foi publicada, na semana passada, na revista científica Royal Society Open Science.

ZAP //

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