O russo Anatoly Chubais, conhecido como o “Pai dos Oligarcas”, pediu a demissão do cargo de conselheiro do Presidente Vladimir Putin.
O arquiteto das reformas económicas pós-soviéticas da Rússia afastou-se de Vladimir Putin. A informação foi confirmada pelo Kremlin.
Segundo a imprensa internacional, em causa pode estar o seu desacordo em relação à invasão da Ucrânia.
Anatoly Chubais foi ministro de Boris Yeltin e ficou conhecido como o “Pai dos Oligarcas” pelo papel que desempenhou nas privatizações no país na década de 1990.
Desde 2020, recorda a RFI, era o representante especial de Vladimir Putin junto das organizações internacionais, cargo que agora abandonou.
A informação foi confirmada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à agência russa Interfax, que não adianta se Tchoubais continua no país. Nem Moscovo, nem os meios de comunicação social russos avançaram as razões que levaram a esta demissão.
No entanto, de acordo com a Bloomberg, que cita duas fontes anónimas, o oligarca resolveu sair do posto e também da Rússia, em protesto contra a invasão da Ucrânia.
É a mais alta figura da hierarquia russa a tomar uma posição contra a guerra. Anatoly Chubais era um dos poucos reformadores da era Yeltsin que se manteve até à atualidade em cargos próximos do Kremlin.
Chubais supervisionou as reformas liberais de livre mercado na década de 1990, após a queda da União Soviética, incluindo iniciativas de privatização que o tornaram altamente impopular na Rússia, recorda a Deutsche Welle.
Muitos russos culpam Tchubais por ter permitido que um pequeno grupo de milionários, os conhecidos “oligarcas”, enriquecesse às custas destas privatizações, enquanto milhões de russos padeciam na pobreza, num contexto de crise económica.
Chubais liderou o monopólio estatal de energia e foi presidente do Rusnano, companhia criado pela Rússia para desenvolver a nanotecnologia. Em dezembro de 2020, foi nomeado enviado especial da presidência para organizações internacionais, tendo trabalhado na área do desenvolvimento sustentável.
Foi Chubais quem ofereceu a Vladimir Putin o seu primeiro cargo na administração russa, em 1996, logo depois do actual presidente sair do KGB.
Quando o barco se afunda , os ratos abandonam o navio !………em caso de Julgamento por crimes contra a Humanidade , espero que esses “Ratos” não sejam também esquecidos !