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Amesterdão quer banir jatos privados (por uma boa causa)

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WillLin / Flickr

Aeroporto de Schiphol

O quarto aeroporto mais movimentado da Europa quer proibir os jatos particulares. O objetivo é reduzir as emissões dos gases poluentes, uma vez que os jatos produzem 20 vezes mais dióxido de carbono do que os aviões comerciais.

O Aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, quer ser um exemplo na luta contra a poluição, mas reconhece que o processo de transição não vai ser tarefa fácil.

Em números divulgados à Bloomberg, o Aeroporto de Schiphol revelou que no ano passado passaram aterraram lá 17 mil jatos privados, “causando uma quantidade desproporcional de ruído, e gerando 20 vezes mais emissões de dióxido de carbono (CO2) por passageiro do que os voos comerciais”.

Durante uma hora de voo, os jatos podem emitir até duas toneladas de CO2, embora, neste momento, representem apenas 4% de todas as emissões globais de carbono, provocadas pela atividade aérea.

No mês passado, o Aeroporto de Schiphol deu a conhecer a intençõe de tirar os jatos particulares das pistas e acabar com os voos noturnos, a partir de 2026.

Ruud Sondag, CEO interino da Royal SchipHol Group – empresa que supervisiona o aeroporto -, admitiu, em comunicado, que essas medidas “podem ter implicações significativas para a indústria da aviação, mas são necessárias”.

“Precisamos de ser sustentáveis, pelos nossos funcionários, pelo meio ambiente local e pelo o mundo”, alertou Sondag.

A Royal Schiphol Group, cuja propriedade maioritária é do estado holandês, não vai ter tarefa fácil, para atingir as metas ecológicas.

Há muitos interesses em jogo. Segundo uma notícia de março da Bloomberg, a Delta Air Lines e a France-KLM – duas partes interessadas – já tinham processado o governo holandês, pelas imposições nos limites dos voos.

O Aeroporto de Schiphol insiste em encontrar, o mais cedo possível, soluções conscientes e que previnam um agravamento da situação ambiental.

O objetivo é mitigar e alertar para os efeitos das emissões poluentes, provocadas pelo tráfego aéreo.

Miguel Esteves, ZAP //

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