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Alunos com dois ou mais chumbos vão passar a ter um tutor

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André Kosters / Lusa

O Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues

O Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues

O ministro da Educação anunciou que os estudantes com duas ou mais retenções vão passar a ter um professor-tutor, a partir do próximo ano lectivo. A medida vai custar 15 milhões de euros e aplica-se a alunos a partir dos 12 anos.

Esta opção, comunicada ao Parlamento, insere-se na nova proposta de Despacho de Organização do Ano Lectivo que vai ser enviada aos Sindicatos e é uma resposta alternativa aos cursos vocacionais lançados por Nuno Crato, ex-ministro da Educação.

Tiago Brandão Rodrigues, o actual detentor da pasta, fala do ensino vocacional como uma “infeliz experiência pedagógica”, embora notando que poupava “muito dinheiro” ao Estado, cita o Diário de Notícias. O ministro acredita contudo, que, a longo prazo, o investimento previsto de 15 milhões de euros para esta nova solução da tutoria acabará por acarretar poupanças, designadamente se os alunos envolvidos tiverem sucesso.

O apoio dos professores-tutores será opcional e vai decorrer fora do horário lectivo regular, durante quatro horas semanais, com a constituição de grupos com um máximo de 10 estudantes.

Além do apoio ao estudo, estes tutores vão também dar auxílio para a resolução de outros problemas escolares ou de situações familiares, conforme explica o secretário da Estado da Educação, João Costa, em declarações à Rádio Renascença, explicando que o professor será um “adulto de referência que muitas vezes não existe nestas famílias”.

Esta medida de apoio, que foi inspirada no projecto holandês “Too young to fail” (demasiado novo para falhar, na tradução para português) , deverá levar algumas escolas a contratarem novos professores, enquanto noutras será assegurada por docentes com horários disponíveis.

Quanto aos cursos vocacionais para os alunos entre os 5º e 9º anos que, segundo Tiago Brandão Rodrigues, são uma forma de “discriminação e dualização precoce”, vão acabar de forma faseada.

ZAP

2 Comments

  1. O que está errado são as metas curriculares, manifestamente IMPOSSIVEIS de acompanhar!
    As crianças deverão aprender de forma progressiva, não adianta descarregar matérias que antes se davam ao 5º e 6º ano no ensino básico!
    Neste momento o ensino básico é uma farsa: os próprios professores treinam os testes que irão dar, os pais desesperam em casa, e todos fingem que está tudo normal…! É Inacreditável… para se compreender, só sentindo este inferno na própria pele!

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