Alto Minho estuda corte do abastecimento de água para consumo humano já este mês

Conclusão saiu de uma reunião entre o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho e o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente.

A situação “extrema” de falta de água no Alto Minho já levou alguns concelhos da região a equacionar um corte do abastecimento de água para consumo já este mês e possivelmente em setembro.

Esta foi uma das conclusões avançadas por Manoel Batista, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, após uma reunião com o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que rejeita, ainda assim, “dramatizar cenários”. A perspetiva é que caso o verão seco com temperaturas elevadas e sem chuva se mantenha, “é possível que, nalgum momento, alguns sistemas não tenham capacidade de se abastecer de água”.

“Sabemos que há municípios na nossa vizinha Galiza onde o consumo de água já é controlado, e é cortado o abastecimento em períodos do dia. Isso ainda não aconteceu no Alto Minho porque temos procurado que cada um dos reservatórios consiga dar resposta aos respetivos sistemas de abastecimento, mas, em última análise, poderá haver alguma medida mais grave”, alertou, citado pelo Público.

Da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho fazem parte os municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponta da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerqueira. Manoel Batista adiantou ainda que as localidades onde a escassez de água gera maior preocupação ficam junto a zonas montanhosas.

“As aldeias das montanhas que têm sistemas fechados, compactos, e que não estão ligados em rede a sistemas mais abrangentes, poderão ser as mais vulneráveis”, explicou.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho apresentou à Agência Portuguesa do Ambiente uma série de propostas para fazer face à atual situação, entre as quais está a elaboração de um plano intermunicipal de contingência, adaptado às alterações climáticas, precisamente para períodos de seca, que passem por identificar as zonas e as populações “mais vulneráveis” e “estabeleça mecanismos de informação e alerta“.

ZAP //

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