Alguns produtos químicos podem pôr em risco as mulheres grávidas e os bebés

Uma equipa de cientistas descobriu que os produtos comuns que as mulheres aplicam na pele e no cabelo podem estar a colocá-las em risco — bem como aos seus bebés.

Os produtos químicos denominados fenóis e parabenos podem aumentar o risco de hipertensão e de pressão arterial elevada durante a gravidez e representam um risco para a saúde a longo prazo das mães e dos seus bebés.

Segundo o Futurity, estes compostos são utilizados como filtros UV em loções para o corpo, sabonetes para as mãos, champôs e protetores solares, bem como para impedir o crescimento de bactérias na maquilhagem e noutros cosméticos.

Um novo estudo, publicado no mês passado no Environmental Health Perspectives, incluiu cerca de 1000 mulheres grávidas do norte de Porto Rico.

A equipa descobriu que o efeito combinado de misturas de fenol e parabenos aumentou o risco de hipertensão durante a gravidez entre estas mulheres – e são mulheres que já estão desproporcionalmente expostas a outros produtos químicos tóxicos, além de passarem por pobreza e desastres relacionados com as mudanças climáticas, como furacões e inundações.

“As nossas descobertas mostram que estes químicos estão associados a resultados de gravidez adversos e que níveis mais elevados destes podem levar a hipertensão gestacional e, em último caso, mulheres dão à luz os seus bebés mais cedo e com menor peso à nascença”, explica a primeira autora do estudo Stephanie Eick, em comunicado.

A tensão arterial elevada durante a gravidez pode provocar problemas como a restrição do crescimento fetal, o baixo peso à nascença e o nascimento prematuro.

Além disso, pode também levar a complicações para a saúde materna, como pré-eclâmpsia ou acidente vascular cerebral, ao mesmo tempo que aumenta a probabilidade de outros resultados adversos, como diabetes e doenças cardíacas, mesmo depois da gravidez.

É importante observar todos os componentes de um produto antes de o usar para, assim, evitar potenciais riscos tanto na saúde das mulheres grávidas como dos seus bebés.

Soraia Ferreira, ZAP //

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