Agente da PSP repreendida por despir mulheres ativistas. Homens não tiveram de se despir

1

Climáximo / Facebook

Protesto do coletivo Climáximo.

Apenas as ativistas do sexo feminino tiveram de se despir para a revista corporal. Os manifestantes do sexo masculino não tiveram de tirar as roupas.

No dia 22 de maio de 2021, o coletivo Climáximo levou a cabo um protesto, em Lisboa, contra a poluição atmosférica causada pelos aviões. Na altura, a PSP deteve 26 pessoas, entre as quais 19 mulheres, pela prática de um crime de desobediência a ordem de dispersão de reunião pública.

Os ativistas detidos foram transportados para a esquadra dos Olivais. Foi então requisitada a comparência de mais agentes do sexo feminino para revistar as protestantes.

De acordo com o Jornal de Notícias, foi pedido às manifestantes do sexo feminino que retirassem as roupas e que afastassem os membros superiores e inferiores para verificar se tinham algum objeto escondido.

As ativistas queixaram-se de “tratamento diferenciado” face aos homens. Isto porque “o grupo masculino experienciou uma mera revista superficial, que se expressou no tateamento por cima da sua roupa”, disse, na altura, a porta-voz do coletivo Climáximo.

Por sua vez, as mulheres “foram forçadas à nudez (nalguns casos, sem roupa interior), tendo algumas que se agachar de seguida para provar que não constituíam uma ameaça”, acrescentou Inês Teles. “Algumas mulheres foram, inclusive, intimidadas verbalmente, quando já se encontravam numa situação de extrema vulnerabilidade, o que se afigura inaceitável”.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, aplicou em janeiro uma sanção disciplinar de repreensão à agente da PSP que ordenou a várias ativistas do sexo feminino que se despissem durante a revista.

A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tinha concluído que os procedimentos adotados pela agente não se afiguraram “adequados, proporcionais nem necessários”, apesar de serem “legítimos e legais”.

Em sua defesa, a agente alegou ter-se limitado a executar uma ordem legítima de um superior hierárquico. Embora a revista tenha começado com a agente repreendida, outras quatro agentes participaram depois nas revistas corporais.

ZAP //

1 Comment

  1. Estiveram bem e devia ser sempre assim!

    Quem tiver dois dedos de testa percebe como se podem ocultar muitas armas!

    Deixem a Polícia trabalhar!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.