Afinal, correr demasiado talvez não faça mal…

1

-

Foi com estrondo que vários jornais e sites por todo o mundo noticiaram as conclusões de um estudo que determinaria que correr em excesso seria tão prejudicial para a saúde como não correr de todo. Mas, afinal, o próprio autor da pesquisa vem explicar que não é bem assim.

Estavam aparentemente erradas as conclusões tiradas a partir de um estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiology e divulgado por diversos meios de informação (entre os quais o ZAP), segundo as quais correr demasiado faz mal.

Do estudo parecia poder concluir-se que os praticantes moderados de corrida têm taxas de mortalidade inferiores às de quem não corre de todo, mas que os corredores intensivos têm taxas de mortalidade estatisticamente similares às de quem tem uma vida sedentária.

“Devíamos ter dito que suspeitamos que é assim, mas não podemos dizer com certeza. Toda a gente comete alguns erros nos relatórios”, confessa contudo o cardiologista clínico Peter Schnohr, um dos autores do estudo, em declarações à BBC.

Um dos grandes problemas da pesquisa, que foi muito criticada por alguns, prende-se com a representatividade da amostra estudada.

Os pesquisadores dinamarqueses que fizeram o estudo analisaram cerca de mil praticantes de corrida e quase 4 mil não praticantes durante cerca de 12 anos. O objectivo foi comparar a taxa de mortalidade das pessoas que não corriam, dos que corriam pouco, dos que o faziam de forma moderada e dos corredores intensivos.

O problema é que só havia 36 pessoas neste último grupo, o dos praticantes intensivos, e duas dessas pessoas morreram durante o período da pesquisa. E, além do mais, as causas da morte também não são esclarecidas pelo estudo.

É preciso constatar ainda que estes corredores de alta intensidade eram praticantes de corrida a mais de 11 quilómetros/hora e que acumulavam, em média, mais de duas horas e meia de corrida por semana.

Peter Schnohr continua, todavia, a defender a sua pesquisa, frisando que é evidente que a prática de corrida tem reflexos positivos na saúde, lamentando apenas ter sido “mal interpretado”.

ZAP

1 Comment

  1. Dos 36 que corriam muito, 4 morreram atropelados, 6 morreram num acidente de avião, e 10 morreram de velhos com idades compreendidas entre os 99 e os 115 anos. O que portanto revela que os participantes do estudo que corriam mais tambéem foram os que morreram mais. Por isso, o homem tem razão.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.