Um tribunal do estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos (EUA), suspendeu Rudy Giuliani de exercer após concluir que o advogado fez declarações falsas ao alegar que houve fraude nas eleições presidenciais de 2020, nas quais Donald Trump saiu derrotado.
Na decisão, divulgada na quinta-feira, foram apontadas “evidências incontestáveis” de que Giuliani fez declarações “comprovadamente falsas e enganosas aos tribunais, legisladores e ao público” enquanto advogado de Trump e durante a campanha eleitoral. Segundo o documento, as suas declarações alimentaram a falsa narrativa de fraude, noticiou a NPR.
“Concluímos que a conduta do réu ameaça o interesse público e justifica a suspensão provisória da prática da lei, enquanto se aguardam procedimentos adicionais”, refere a decisão, acrescentando: “Este país é dilacerado por contínuos ataques à legitimidade das eleições de 2020 e ao nosso atual Presidente, Joseph R. Biden”.
A defesa de Giuliani afirmou estar “decepcionada” com a decisão do tribunal de suspender o advogado. “Acreditamos que o nosso cliente não representa um perigo atual para o interesse público”, declararam John Leventhal e Barry Kamins em comunicado, sublinhando que, quando houver audiência, a suspensão será levantada.
Esta decisão é mais uma das polémicas envolvendo o advogado, que já foi procurador em Manhattan e presidente da câmara de Nova Iorque durante dois mandatos.
Giuliani está ainda a ser investigado sobre alegadas violações das leis de ‘lobby’. Em abril, agentes do FBI vasculharam o seu apartamento e o seu escritório em Manhattan, apreendendo os seus computadores e telemóveis.