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Marques Mendes fala em acusação “robusta” a Salgado. “Vai ser muito difícil não haver condenações”

Mário Cruz / Lusa

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

O comentador Luís Marques Mendes indicou no domingo que a acusação do Ministério Público (MP) no caso Banco Espírito Santo (BES), que imputa 65 crimes a Ricardo Salgado, é “robusta”, sendo difícil não haver condenações, mesmo que só ocorram dentro de oito anos.

“Está aqui uma acusação como deve ser, sólida, consistente e bem fundamentada. O Ministério Público está de parabéns, porque fez um trabalho como deve ser e uma acusação robusta”, declarou Marques Mendes, no seu espaço de comentário na SIC.

O também conselheiro de Estado indicou que a acusação conclui que havia “um grande polvo no Universo Espírito Santo”, “um polvo com bom aspeto”, visando “manter Ricardo Salgado sempre à tona”. “Além de meter dinheiro ao bolso”, esse polvo tentou adiar, à custa do BES, a morte do Grupo Espírito Santo (GES), disse ainda, citado pelo Expresso.

Apontando o crime de associação criminosa, Marques Mendes falou de uma “célula secreta”, que incluía Salgado, Amílcar Morais Pires e Isabel Almeida. “Esta célula funcionava à margem da família e da administração, quase não sabiam”, disse. “Tinha toda a gente na mão, à custa de bónus e recompensas”.

O processo inclui 25 arguidos, dos quais 18 pessoas individuais – três administradores executivas do BES: Ricardo Salgado, Morais Pires e ainda José Manuel Espírito Santo. Segue-se agora o período da defesa dos acusados.

“Evidentemente que agora vai seguir-se muita coisa, a instrução e o julgamento. Olhando para estes dados, vai ser muito difícil não haver condenações neste caso. A má notícia é que vai demorar sete ou oito anos”, sublinhou Marques Mendes.

O comentador aproveitou para elogiar o governador em fim de mandato, Carlos Costa; a ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho; José Maria Ricciardi e o falecido empresário Pedro Queiroz Pereira.

ZAP //

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