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Açores realizam primeiro campeonato de construção de microssatélites

European Space Agency, ESA / YouTube

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O Governo dos Açores anunciou este sábado a realização, neste ano letivo, do primeiro campeonato regional “Cansat Açores”, que visa proporcionar aos alunos experiências em projetos espaciais, através da construção de um microssatélite.

O anúncio foi feito pelo secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, numa visita ao centro de ciência EXPOLab, no concelho da Lagoa, onde o responsável afirmou que o executivo gostaria de acolher pela primeira vez, em 2016, a edição europeia do campeonato de construção de microssatélites, o “Cansat, promovido pela Agência Espacial Europeia (ESA).

“Tencionamos, correndo bem essa experiência, mostrar que temos a capacidade para organizar uma competição de nível europeu aqui na região. Temos em particular na ilha de Santa Maria uma escola secundária que teve já grandes resultados em competições nacionais e europeias”, afirmou Fausto Brito e Abreu aos jornalistas.

Segundo o programa educativo da ESA, o microssatélite não pode exceder em tamanho uma lata de refrigerante e terá de ter no interior um sistema múltiplo capaz de fazer várias medições durante a fase de descida do satélite.

As inscrições para a competição regional, cujos vencedores irão participar na prova nacional, decorrem até ao final de novembro. As equipas têm de ser constituídas por quatro alunos e um professor.

Os organizadores esperam com esta competição despertar vocações científicas, proporcionar novas experiências e estimular o interesse pela temática do espaço entre os estudantes.

Para o governante açoriano, a realização de uma prova deste género no arquipélago com âmbito europeu permitiria “dar visibilidade ao potencial da região” ao nível das tecnologias ligadas ao espaço, em grande parte “pela sua localização geográfica no meio do Atlântico Norte, que tem acesso a uma parte do espaço com visibilidade restrita para outras partes do mundo”.

Fausto Brito e Abreu destacou que a ciência é a base que permite criar hoje em dia muitas empresas e empregos, permitindo desenvolver economias mais competitivas.

O responsável apontou o exemplo da ilha de Santa Maria, onde estão instaladas duas estações da ESA, uma para o projeto Galileu e outra para monitorizar o lançamento de satélites, um rádio telescópio da rede de estações geodinâmicas espaciais, infraestruturas e equipamentos “topo de gama” que começaram com pequenos contentores e hoje “já geram algum emprego local”.

“Mas, mais importante, geram crescimento de outros projetos que surgem na sequência disso e geram reconhecimento para a região, como local privilegiado para fazer estudos nesses domínios”, referiu o governante açoriano.

/Lusa

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