O acesso à Internet de alta velocidade está a deixar-nos mais gordos

Um novo estudo encontrou uma ligação entre a implementação de serviços de internet de alta velocidade e um aumento nas taxas de obesidade.

A obesidade continua a ser uma grande preocupação em todo o mundo. O aumento desta condição decorre, em grande parte, de fatores relacionados com o estilo de vida, saúde e ambientais mutáveis, nomeadamente má alimentação e comportamento sedentário.

Recentemente, um novo estudo levado a cabo por investigadores da Monash University, da University of Melbourne e da RMIT University encontrou uma ligação entre o aumento da obesidade na Austrália e a implementação de serviços de internet de alta velocidade em todo o país.

“O acesso à internet de alta velocidade diminui a probabilidade de os indivíduos atingirem a recomendação mínima de atividade física proposta pela Organização Mundial da Saúde”, disse Klaus Ackermann, citado pelo New Atlas. “Isto significa que as pessoas tornam-se mais inativas e com um comportamento mais sedentário.”

A equipa chegou a esta conclusão após analisar 14 ondas de dados longitudinais da Household, Income and Labor Dynamics in Australia (HILDA) e um conjunto de dados sobre a implementação e adoção da National Broadband Network (NBN) em códigos postais por todo o país.

Desde 2012, o projeto de infraestrutura da NBN tem vindo a atualizar gradualmente os sistemas de internet telefónica analógica existentes, proporcionando melhorias significativas na velocidade da internet.

No estudo, um aumento de 1% na taxa de adoção da NBN estava associado a um aumento na prevalência da obesidade, mais especificamente um aumento geral no índice de massa corporal (IMC) de 1,57 kg/m2 e um aumento de 6,6% na prevalência.

De acordo com a equipa, o acesso a serviços de internet mais rápidos contribuiu para o aumento do número de australianos com obesidade devido ao seu efeito na atividade física e nos hábitos alimentares.

Os cientistas esperam que as suas descobertas, publicadas num artigo cientifico na Economics & Human Biology, causem uma maior consciencialização sobre esta associação e eventuais políticas para promover a atividade física.

ZAP //

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