Roman Abramovich interpôs hoje um processo judicial no tribunal da União Europeia (UE) contra o Conselho da UE, que aplicou sanções ao empresário russo, como parte das medidas retaliatórias contra Moscovo.
Em março, a UE incluiu o oligarca russo, considerado próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, na sua lista de indivíduos sancionados com bens congelados e proibições de viagem, pelo seu papel na invasão russa da Ucrânia.
O empresário russo, que conseguiu nacionalidade portuguesa, alegando ser descendentes de judeus sefarditas, foi forçado a vender o clube de futebol britânico Chelsea, depois de também ter sido sancionado pelo Reino Unido.
A venda do clube da Premier League, por 2,5 mil milhões de libras (cerca de três mil milhões de euros) – o preço mais alto já pago por uma equipa desportiva – foi concluída na segunda-feira por um consórcio liderado pelo co-proprietário da equipa Los Angeles Dodgers, Todd Boehly, pondo um fim ao mandato de 19 anos de Abramovich.
A Comissão Europeia disse que as autoridades portuguesas confirmaram que a venda do Chelsea por Abramovich – que tem passaporte português – não o beneficia, nem a uma organização que lhe está associada, e que o produto da venda só seria libertado com o compromisso de ser doado para atividades humanitárias na Ucrânia.
“Isto segue-se a um estreito envolvimento entre a Comissão Europeia, Portugal e o Reino Unido com o objetivo de garantir que a venda fica totalmente em conformidade com a legislação de sanções da UE”, explicou a Comissão Europeia.
Na altura em que sancionou Abramovich, em março, a UE alegou que o empresário “teve acesso privilegiado ao Presidente (russo) e manteve com ele relações muito boas”, explicando que “essa ligação com o líder russo o ajudou a manter a sua considerável riqueza”.
// Lusa
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