As utilidades dos dispositivos quânticos vão ajudarem vários campos da Marinha americana desde a definição de calendários de manutenção até à possibilidade de comunicação quase impossível de piratear.
A Marinha dos EUA tem uma longa lista de aplicações para os computadores quânticos, desde a ciência básica — compreender a corrosão, considerado o inimigo constante de uma frota — até utilizações mais intrigantes, como simulações de jogos de guerra, conta a New Scientist.
Ainda que os computadores quânticos tenham trazido melhorias tecnológicas astronómicas nos últimos anos, ainda não são capazes de realizar todas estas tarefas, o que não impediu os militares de sonharem com formas de os utilizar.
As simulações de jogos de guerra, por exemplo, não são as brincadeiras que podem parecer. Na verdade, este uso que a marinha americana pretende utilizar visa a criação de simulação de situações de guerra. E eles já existem: o Colégio de Guerra Naval dos EUA, por exemplo, organiza mais de 50 eventos de jogos por ano, que estão em grande parte dependentes de programas informáticos antigos.
A utilização de algoritmos quânticos pode também melhorar a forma como a Marinha dos EUA simula o clima e como desenvolve “gémeos digitais” de ambientes fundamentais, como o mar que rodeia os seus submarinos nucleares, disse.
A tecnologia permitiria também a otimização das cadeias de abastecimento e o desenvolvimento de planos de manutenção para embarcações como os submarinos.
Algumas empresas de computação quântica já estão a prestar este tipo de serviço a empresas de comércio eletrónico e de mercearias que tentam otimizar os horários dos seus trabalhadores, de que é exemplo a DWave.
O Contra-Almirante Richard Seif diz ainda que a deteção quântica, que oferece muito mais precisão do que os sensores clássicos, pode desempenhar um papel na deteção de embarcações adversárias e ajudar os submarinos americanos a determinar a sua posição sem depender do GPS. O Departamento de Defesa dos EUA já investiu no desenvolvimento de sensores quânticos.
“Estamos empenhados no axioma de que qualquer modelo legado que seja atualmente bem sucedido conduzirá à nossa morte se não evoluir“, diz Seif.