Corte de ligações com o sistema SWIFT pode ajudar a proteger a economia russa, já abalada pelas inúmeras sanções.
Os últimos dias têm sido marcados por uma grande agitação nas principais bolsas, após a falência do Silicon Valley Bank. Por todo o mundo, investidores e governos nacionais tentam perceber qual é o passo que se segue, antecipando que medidas devem ser implementadas para evitar um hipotético contágio. No entanto, há quem esteja numa situação favorável. Na Rússia, o Kremlin vê o copo meio cheio.
Com o isolamento a que o país foi submetido após desencadear uma invasão militar na Ucrânia, este está tão isolado do sistema financeiro global que as autoridades estimam não correr qualquer risco com o colapso do Silicon Valley Bank.
“O nosso sistema bancário tem algumas ligações com segmentos do sistema financeiro internacional, mas está na sua maioria sob restrições ilegais do Ocidente”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, citado pela agência noticiosa TASS, numa referência clara às sanções contra a Rússia.
“Estamos, em certa medida, protegidos contra o impacto negativo da crise que agora se está a desenrolar no estrangeiro”, disse o responsável, citado pelo Insider.
Esta nova realidade contrasta com a vivida pela Rússia — e grande parte do mundo — em 2008, quando enfrentou uma crise de crédito devido ao colapso das instituições que financiavam o crédito imobiliário nos Estados Unidos e que acabou por conduzir à crise financeira global.
À medida que o país recuperava da recessão, começou a trabalhar para a sua grande ambição de fazer de Moscovo um centro financeiro global — um sonho entretanto desfeito pelas sanções generalizadas.
Os bancos e gigantes internacionais da área financeira retiraram-se da Rússia ou estão a trabalhar nas suas saídas devido à guerra da Ucrânia. Dois dias após a invasão, alguns bancos russos foram também banidos do SWIFT, o serviço de mensagens com sede na Bélgica que permite aos bancos de todo o mundo comunicar as transações transfronteiriças.
Esta proibição tem dificultado as comunicações para os sistemas comerciais e financeiros da Rússia, isolando económica e financeiramente o país. Este enfrenta também restrições às suas principais exportações de energia, incluindo um limite de preço de 60 dólares por barril de petróleo.
Ainda assim, o Presidente russo Vladimir Putin publicita a resiliência da economia russa e a entidade responsável pelas estatísticas do país anunciou que o PIB diminuiu apenas 2,1% em 2022 — embora haja dúvidas sobre os seus números.
De facto, os dados foram colocados em causa oligarca de alumínio Oleg Deripaska disse ao Fórum Económico de Krasnoyarsk na Sibéria que a Rússia “precisará de investidores estrangeiros” uma vez que os seus fundos estavam a escassear, avançou a Bloomberg a 2 de Março. “Não haverá dinheiro já a partir do próximo ano”, disse Deripaska.
continuo a dizer , as Sanções nunca afetaram a Russia, somente a Europa e aqui está mais uma Prova que a Von der latas está a afundar-se
Temos que o ouvir mais ò grande messias! Uma pessoa com vastos conhecimentos de causa e com acesso a dados que mais ninguém tem.
Se vender o gás e o petróleo a menos de metade do preço a que o vendiam antes da guerra não é mau, então o que será?!
E a pequena queda do PIB russo o ano passado deveu-se ao facto de na Rússia já haver uma economia de guerra. O estado procura arrastar a economia puxando pelas compras para o esforço militar. Sem as chorudas receitas das vendas do gás e petróleo quanto tempo é que conseguirão puxar pela economia?
Os soldados roubam para comer e não tem munições. Algo já está a falhar.
ouviu isso na CNN certamente, também diziam que os bancos não tinham problemas e que os valores estavam assegurados e foi o que se viu.Cada um acredita no que quer , o que eu sei é que cada vez mais Empresas fecham na Europa e cada vez há mais Europeus sem casa e nos EUA , mas as pessoas dizem que deve haver mais sanções á Russia e desde que as mesmas existem não melhorámos mas sim Piorámos