A vitória do Marítimo sobre o FC Porto, por 3-1, fez hoje soltarem-se lenços brancos e uma tremenda assobiadela desde as bancadas do Estádio do Dragão, na estreia dos portistas na Taça da Liga de futebol.
Depois de uma igualdade sem golos na primeira parte, o Marítimo adiantou-se aos 48 minutos, através de Fransérgio, ampliando aos 70 e 90+4, por Alex Soares e Marega, respetivamente, de nada valendo aos azuis e brancos o tento de Aboubakar, aos 90+5.
Os madeirenses aproveitaram a ineficácia de uma equipa alternativa do FC Porto para vencer os fora os dragões e ficar muito próximos de garantir a passagem à fase seguinte da prova, somando a segunda vitória no grupo A.
Os azuis e brancos, que até dispuseram de oportunidades para um desfecho diferente, foram perdulários e revelaram poucas soluções para a organização defensiva maritimista, equipa que aproveitou para fazer três golos em momentos de desorientação do setor recuado da equipa da casa.
Julen Lopetegui mexeu muito no onze habitual, com André Silva, melhor marcador dos B e da II Liga (empatado com Platiny, do Feirense), o seu colega colombiano Víctor Garcia e, aproveitando o jogo de competição menor, a fazer rodar André André (recuperado de lesão) e o espanhol Tello.
Alinharam ainda de início Helton, Varela, Sérgio Oliveira e o espanhol José Ángel, enquanto os funchalenses apenas trocaram Rúben Ferreira por João Diogo.
O primeiro lance de perigo da partida pertenceu a Fransérgio, capitão do Marítimo, aos 17 minutos, que fez a bola passar a centímetros da baliza à guarda de Helton, mas depois o FC Porto assumiu o comando do jogo e Victor Garcia e André Silva, este por duas vezes, dispuseram de duas boas situações para a sua equipa se adiantar.
Após o intervalo, já com o francês Imbula no lugar de André André no FC Porto, o Marítimo inaugurou o marcador (48 minutos), graças ao desvio de cabeça de Fransérgio, após livre marcado por Rúben Ferreira.
Na resposta, Evandro e André Silva tentaram a sua sorte, mas a defesa funchalense ia travando o golo portista, numa fase em que a pressão dos da casa se fazia sentir com intensidade, algo que aumentou ainda mais com a troca de Sérgio Oliveira por Jesus Corona (67).
Mas um desentendimento na área entre Imbula e Helton (70) permitiu a Alex Soares fazer um chapéu ao guarda-redes portista e o segundo tento da sua equipa, o que desagradou imenso os adeptos, que de imediato mostraram lenços brancos.
O camaronês Aboubakar entrou para o lugar de Varela (75), mas o avançado seria mais um perdulário em campo no minuto seguinte, após aparecer isolado frente a Salin e rematar contra as pernas deste.
Aliás, Salin ainda fez um par de defesas, até final, a remates dos avançados portistas, ajudando a que o desfecho fosse favorável ao conjunto madeirense, endurecido pelo terceiro golo, apontado por Marega, já em período de descontos.
No reatamento, Aboubakar diminuiu para 3-1, mas a partida estava no fim.
Lopetegui despreocupado com a reação dos adeptos
Na conferência de imprensa, o treinador dos dragões lamentou o resultado porque, não só ele como toda a equipa, queriam “ter feito uma boa partida”, rematando que “os jogadores tentaram o melhor possível”.
Relativamente à resposta dos adeptos perante a derrota, Julen Lopetegui tenta não estar preocupado e afirma que só pode estar focado “no que se passa no campo e não fora”.
“O que se passa fora do campo não posso controlar, preocupa-me apenas se isso afetar os meus jogadores”, sublinhou.
“Queremos muito ser campeões, estamos no bom caminho e temos sábado um jogo difícil e ao qual chegamos na frente depois de muita luta”, recorda o técnico do FC Porto que joga contra o Sporting este sábado.
O jogo com o Marítimo foi a gota de água para os adeptos portistas, tendo feito aparecer, sobretudo no final do jogo, um sem número de lenços brancos e muitos assobios.
ZAP / Futebol 365