Cerca de uma dezena de terroristas fortemente armados atacaram um hotel de cinco estrelas no Mali e fizeram vários reféns. Há franceses, belgas, chineses e turcos entre os reféns e já há mortes confirmadas.
O Ministério da Segurança do Mali confirmou a morte de três pessoas, alegadamente mortas pelos terroristas, sem revelar a respectiva nacionalidade, mas suspeita-se que o número de vítimas possa ainda aumentar.
Os terroristas terão chegado numa viatura com matrícula diplomática, fortemente armados e a gritar “Alá é grande”, segundo relatos da imprensa internacional.
No hotel estavam 170 pessoas, 140 hóspedes e 30 funcionários, que foram feitas reféns. Entre os reféns estarão franceses, belgas, turcos e chineses.
Entretanto, foram libertadas várias pessoas, nomeadamente cinco elementos da tripulação da companhia aérea Turkish Airlines, depois da intervenção da polícia do Mali que estará a ser apoiada por elementos das Forças Especiais americanas.
Há relatos também de pessoas que terão sido libertadas pelos terroristas por conseguiram citar versos do Alcorão.
Mas há dados de que continuam presos no hotel 125 hóspedes e 13 funcionários.
A maioria dos hóspedes terá conseguido refugiar-se nos respectivos quartos e há rumores de que os terroristas estarão barricados no sétimo andar.
Um dos reféns libertados, o cantor guineense Sékouba Bambino Diabaté, disse à Reuters que ouviu dois dos terroristas a falarem inglês.
O Radisson Blu, situado num bairro onde vivem muitos governantes e diplomatas, é um hotel frequentado, sobretudo, por estrangeiros, nomeadamente por equipas de tripulações aéreas, como é o caso da Air France.
Doze elementos da companhia aérea francesa estavam no local, no momento do ataque, mas conseguiram fugir e estão em segurança, de acordo com informações da Air France que decidiu anular todos os seus voos desde ou para Bamako “por precaução”.
O presidente francês François Hollande já endereçou ao Mali a “solidariedade de todos os franceses” e cerca de 50 agentes do Grupo de Intervenção da polícia francesa, bem como especialistas criminais, estão a caminho de Bamako para ajudar nas operações.
O Mali é uma antiga colónia francesa que mantém, ainda hoje, fortes ligações a França.
Em Agosto passado, outro hotel do país foi também alvo de um atentado terrorista semelhante que vitimou quatro soldados, cinco funcionários da ONU e quatro dos terroristas envolvidos.
ZAP