“Estou a renunciar ao cargo de primeiro-ministro. Espero que a renúncia satisfaça as pessoas que vieram para as ruas”, disse Ponta a um canal televisivo.
Na terça-feira, milhares de pessoas saíram à rua para protestar contra o Governo e exigir a demissão de Victor Ponta por causa do incêndio numa discoteca de Bucareste, ao ser usado fogo-de-artifício, incidente que provocou pelo menos 32 mortos e 184 feridos.
Com cartazes em que se podia ler “a corrupção mata”, as cerca de 20 mil pessoas desfilaram nas ruas de Bucareste denunciando a forma como as autoridades passam autorizações para que discotecas e outros estabelecimentos abram portas, sem a existência de inspeções.
Os protestos alastraram às cidades de Brasov e Ploiesti, na Roménia Central, tendo sido convocadas através da rede social Facebook outras manifestações para os próximos dias, em vários outros locais.
De acordo com declarações de testemunhas ouvidas pela EFE, havia um pequeno artefacto pirotécnico na discoteca, utilizado com frequência nas celebrações de aniversários na Roménia, que soltou faíscas e que fizeram com que um pilar começasse a arder.
Segundos depois, as chamas chegaram ao teto, o que provocou o pânico entre as 400 pessoas que estavam no clube e levou a que a multidão tentasse sair do espaço.
No domingo, um responsável pelos serviços de emergência do país precisou que ainda havia 140 pessoas hospitalizadas, das quais mais de 30 em estado crítico, razão pela qual as autoridades não descartam a possibilidade de o número de mortos continuar a aumentar.
O fogo no “Club Colectiv“, no centro da capital romena, teve início perto das 23h de sexta-feira (21h em Lisboa), numa altura em que centenas de pessoas se encontravam no interior do espaço noturno para assistir à promoção do novo álbum do grupo de rock local Goodbye to Gravity.
/Lusa