O Governo das Maldivas declarou esta quarta-feira o estado de emergência devido “a ameaças” à segurança nacional, depois de um alegado atentado contra o Presidente, Abdula Yameen e a posterior detenção do vice-presidente.
O ministro do Interior, Umar Naseed, confirmou hoje a decisão governamental à agência noticiosa Efe, vincando que foi suspenso “um número limitado” de direitos civis, mas sem recolher obrigatório.
As Maldivas declararam o estado de emergência por 30 dias, de acordo com o artigo 253.º da Constituição do país, sobre “ameaças à segurança nacional”, segundo informou o ministro dos negócios Estrangeiros no Twitter.
O vice-presidente das Maldivas, Ahmed Adeeb, foi detido no final de outubro, acusado de planear o assassínio do Presidente Abdulla Yamenn, que acabou por sair ileso da explosão de um barco no final de setembro.
O anúncio da detenção foi feito pelo ministro do Interior das Maldivas, que acrescentou que o vice-presidente foi acusado de “alta traição”.
O presidente Yamenn tinha nomeado Ahmed Adeeb, 33 anos, como novo vice-presidente há cerca de três meses, após ter demitido, igualmente por traição, o vice-presidente com o qual tinha sido eleito.
Em meados de outubro, o presidente afastou também o seu ministro da Defesa, após a explosão do seu barco, na qual ficaram feridos dois passageiros e ainda a mulher de Yamenn.
As Maldivas têm enfrentado críticas da comunidade internacional depois da condenação a 13 anos de prisão do antigo chefe de Estado Mohamed Nasheed, considerado culpado de terrorismo.
/Lusa