O Tribunal de Apelação argentino validou na quinta-feira as acusações contra o vice-Presidente do país, Amado Boudou, que agora só pode recorrer ao Supremo Tribunal para procurar evitar um processo por corrupção.
Boudou, que reivindica estar inocente, é o primeiro vice-Presidente na Argentina a ser acusado em exercício.
Mas é considerado pouco provável que a justiça decida antes do final do seu mandato, que está previsto ser em 10 de dezembro, em simultâneo com o da Presidente Cristina Kirchner.
Segundo o magistrado que o acusou por “corrupção passiva“, Boudou, então ministro da Economia, e outras pessoas teriam lançado um plano de salvamento de uma empresa em dificuldades, Ciccone Calcografica, hoje nacionalizada, que imprime as notas de dinheiro. Em 2010, ele teria adquirido 70% da empresa.
Boudou é a segunda figura do Estado, mas o seu papel na prática é essencialmente protocolar.
Em agosto, vai começar o processo do antigo Presidente Carlos Menem (1989-1999), por entrave à justiça no quadro do inquérito ao atentado contra a seguradora judaica AMIA em 1994.
Ainda nenhum suspeito foi detido neste caso.
/Lusa