Cientistas conseguiram calcular a massa da Via Láctea

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Z. Levay and R. van der Marel, STScI; T. Hallas; and A. Mellinger / NASA, ESA

Uma equipa internacional de cientistas conseguiu medir a massa da Via Láctea – e com apenas 20% de probabilidades de erro.

A massa da Via Láctea, num raio de 60 mil anos-luz, é de 210 mil milhões de vezes a massa do Sol, com uma incerteza de apenas 20%, concluem os investigadores envolvidos num estudo publicado na revista The Astrophysical Journal.

Para chegarem a este número, os cientistas apoiaram-se no Sloan Digital Sky Survey, um projecto que desde 2000 se dedica ao mapeamento do Universo e à catalogação de estrelas.

Os cientistas concentraram-se em particular na corrente de estrelas denominada Palomar 5, que foi descoberta em 2001, detectando serpenteados de densidade causados pela influência gravitacional de outros objectos com massa, tal como a nossa galáxia.

Foram estes serpenteados que permitiram alcançar a precisão sem precedentes das medidas, descreve o comunicado da Universidade de Columbia.

Para fazer os cálculos finais, a equipa liderada por Andreas Küpper, do Departamento de Astronomia da Universidade de Columbia, recorreu a um super-computador chamado Yeti para criar vários milhares de modelos dessa corrente de estrelas.

Comparando os diversos modelos, conseguiram calcular a massa da Via Láctea, já que só uma galáxia de um certo peso e tamanho poderia causar os tais serpenteados na Palomar 5.

Ana Bonaca, da Universidade de Yale, e outra das cientistas envolvidas na pesquisa, refere que “um avanço importante neste trabalho foi o uso de ferramentas de estatística robustas – as mesmas que são usadas para estudar as mudanças no genoma e empregues por motores de pesquisa de Internet para organizar websites”.

A professora Kathryn Johnston, outra das cientistas implicadas no estudo e Directora do Departamento de Astronomia da Universidade de Columbia, sustenta que as pesquisas passadas, neste âmbito, foram sempre “bastante ambíguas”.

“As nossas novas medidas quebram essas ambiguidades explorando o padrão de densidade único da Palomar 5 criado enquanto ela orbitou em torno da Via Láctea durante os últimos 11 biliões de anos”, acrescenta Kathryn Johnston.

ZAP

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