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Revolução à vista nos frigoríficos: silenciosos e com o dobro da eficácia

Johns Hopkins APL/Ed Whitman

E se o seu frigorífico fosse melhor, silencioso e altamente tecnológico? Uma equipa de cientistas acredita que é possível — e já deu os primeiros passos. Tecnologia pode abrir portas para inovação em vários campos.

Uma revolução nas tecnologias de arrefecimento e captação de energia: tudo graças aos filmes finos CHESS (estruturas super-rede hierarquicamente controladas), construídas por uma equipa do Johns Hopkins APL, que quase duplicam a eficiência da refrigeração.

Um estudo deste ano publicado na Nature mostra que existe uma alternativa aos sistemas de refrigeração atuais, altamente volumosos, consumidores de muita energia e dependentes de químicos que podem danificar o ambiente.

A refrigeração termoelétrica, explica a SciTechDaily, transfere calor utilizando eletrões em materiais semicondutores especializados, eliminando a necessidade de peças móveis ou fluidos químicos.

“Esta demonstração prática de refrigeração utilizando novos materiais termoelétricos mostra as capacidades dos filmes finos CHESS construído através de nanoengenharia”. disse Rama Venkatasubramanian, investigador principal do projeto conjunto e tecnólogo chefe em termoelétricos no APL.

“Marca um salto significativo na tecnologia de arrefecimento e abre caminho para traduzir os avanços nos materiais termoelétricos em aplicações de refrigeração prática, em grande escala e energeticamente eficiente”, garante o cientista.

Utilizando materiais CHESS, a equipa do APL alcançou uma melhoria de quase 100% na eficiência.

“Utilizámos deposição química de vapor metal-orgânico (MOCVD) para produzir os materiais CHESS, um método conhecido pela sua escalabilidade, custo-eficácia e capacidade de suportar produção em grande volume”, explicou o engenheiro Jon Pierce.

E não é apenas para frigoríficos domésticos que a inovação abre portas. Jeff Maranchi, gestor da Área de Programas de Exploração do APL, resume as aplicações futuras possíveis.

“Para além de melhorar sistemas táteis de próxima geração, próteses e interfaces homem-máquina, isto abre portas a tecnologias de captação de energia escaláveis para aplicações que vão desde computadores até naves espaciais — capacidades que não eram viáveis com dispositivos termoelétricos antigos e volumosos”, comenta.

ZAP //

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