A Polícia Nacional de Angola deteve em flagrante delito, na província da Lunda Norte, no interior do país, um homem que realizava intervenções cirúrgicas sem estar habilitado, relata esta terça-feira a imprensa local.
De acordo com a informação prestada aos órgãos locais pela polícia, o alegado falso médico, de nacionalidade angolana, foi denunciado por populares e detido no município de Cuango, quando realizava uma intervenção cirúrgica numa mulher de 50 anos.
O homem alegou que estudou medicina geral na República Democrática do Congo e já será reincidente neste tipo de atividade, cobrando 700 dólares (615 euros) por cada intervenção cirúrgica, que realizava “numa casota” sem condições sanitárias e de assistência.
A mulher foi entretanto transferida para o Hospital Geral de Cafunfo, onde está a ser assistida.
No espaço de pouco mais de um mês este é já o segundo caso do género divulgado pelas autoridades angolanas, depois de a 3 de abril um homem de 40 anos ter sido igualmente detido pela Polícia Nacional, mas na província do Zaire, quando realizava uma intervenção cirúrgica num homem de 72 anos, igualmente sem estar habilitado.
Angola enfrenta um défice elevado de profissionais de saúde, levando a população a procurar alternativas fora das unidades públicas.
De acordo com dados da Ordem dos Médicos de Angola, o número destes profissionais a trabalhar no país é ainda insuficiente, numa relação de um clínico por cada oito mil habitantes.
/Lusa